Janaína Almeida Teles e Edson Luiz de Almeida Teles, filhos de Maria Amélia de Almeida Teles, conhecida como Amelinha Teles, vão ser indenizados por terem assistido à tortura de sua mãe nos anos 1970, durante a ditadura militar. Ela foi levada ao DOI-Codi de São Paulo, que era comandado pelo ex-coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. 

Brilhante Ustra morreu em 2015 sem ser condenado, apesar de ter prestado depoimento à Comissão Nacional da Verdade em 2013. A decisão pela reparação econômica aos irmãos Teles ocorreu nesta quarta-feira. Após a votação do julgamento, a presidenta da Comissão de Anistia, Eneá de Stutz e Almeida, fez o pedido de desculpas em nome do Estado brasileiro.

“A família Teles foi uma das mais visadas pela Oban (Operação Bandeirante) e por todo o aparato repressivo da ditadura que funcionava no estado de São Paulo”, afirmou, em voto, o relator Mário Miranda de Albuquerque. “Considero adequado, justo e razoável que o pedido do requerente, formulado em seu recurso a este plenário, seja acolhido e provido”, acrescentou.

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