Com votos de Marinho, oposição não rejeita PEC, mas emplaca CPIs no Senado
O senador do PL recebeu 32 votos na disputa contra Rodrigo Pacheco, reeleito com 49 votos — número mínimo para aprovar uma emenda constitucional
Os 32 votos recebidos por Rogério Marinho (PL-RN) na eleição para presidente do Senado nesta quarta-feira não necessariamente retratam o tamanho da oposição ao governo Lula na Casa, mas este número seria insuficiente — no limite — para derrubar uma PEC, por exemplo.
A aprovação de uma emenda constitucional depende dos votos de 308 deputados federais e 49 senadores, exatamente a votação que garantiu a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A quantidade de parlamentares que votou no candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro, no entanto, seria mais do que suficiente para emplacar CPIs que podem dar de cabeça à gestão do petista. O número mínimo constitucional é 27 senadores.
Pacheco foi apoiado por Lula, mas isso também não quer dizer que todos os votos que ele recebeu sejam de senadores que vão integrar a base do governo. A vitória de Marinho, por sua vez, representaria uma derrota daquelas logo no início do mandato.