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Com munição do Exército, Bolsonaro questiona TSE sobre sistema eleitoral

Militares apontaram supostas falhas no processo eleitoral em relatório sigiloso que, agora se sabe, foi repassado ao Planalto

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 fev 2022, 07h13 - Publicado em 10 fev 2022, 21h43

O Radar mostrou na semana passada que Jair Bolsonaro havia recebido informes da cúpula militar do governo sobre um documento sigiloso elaborado pelos técnicos a serviço do general Heber Garcia Portella, comandante de Defesa Cibernética do Exército. 

A reunião em questão contou com a presença de Braga Netto, ministro da Defesa, e dos comandantes das três forças. Na live desta quinta, Bolsonaro deixou claro que teve acesso ao documento sigiloso produzido pelos militares com questionamentos ao TSE. E tratou de usar o tema como munição para mais uma vez falar da suposta insegurança do processo eleitoral.

“O que nós queremos, que todo o povo brasileiro quer, são eleições limpas e transparentes. O que nós queremos é que essas questões sejam brevemente esclarecidas. As Forças Armadas foram convidadas a participar do processo eleitoral. Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. Aceitamos. O nosso pessoal então, a convite do TSE, começou a levantar possíveis vulnerabilidades para ajudar o TSE”, disse Bolsonaro.

“Foram levantadas várias, dezenas de vulnerabilidades e foi oficiado o TSE para que pudesse responder. Isso tá na mão do ministro Braga Netto. Ele tá tratando desse assunto e vai entrar em contato com o presidente do TSE. O que nós queremos é ter eleições limpas e transparentes e eleições que possam ser auditáveis”, seguiu o presidente.

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Braga Netto é cotado para vice de Bolsonaro. As informações do documento sigiloso do Exército até hoje não foram tornadas públicas nem pela Justiça Eleitoral nem pelos militares. Mas Bolsonaro já teve acesso. Com isso, cobrou Luís Roberto Barroso nesta quinta para que responda aos militares, como se a demanda fosse do governo.

 

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