O presidente da CPI da Braskem no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), deve marcar para a próxima quarta-feira, 21, às 10h, a reunião em que ele indicará o relator da comissão.

Quando houve a costura política que alçou Aziz ao comando do colegiado, ficou acordado que o relator seria o autor do pedido de criação da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL).

No entanto, a resistência a essa escolha vai de Arthur Lira (PP-AL) ao Palácio do Planalto, passando pela Petrobras, segunda maior acionista da Braskem, e deixa o cenário incerto.

Antes mesmo da instalação da CPI, o ministro Rui Costa (Casa Civil), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), e o líder do PSD na Casa, Otto Alencar, afirmaram reservadamente a Calheiros estar receosos com a possibilidade de a investigação parlamentar respingar na Novonor (ex-Odebrecht), acionista controladora da Braskem, com sede na Bahia.

O maior aliado de Lira na comissão de inquérito é o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL). Ele diz que o emedebista, seu adversário político regional, deveria abdicar de assumir a relatoria por ter sido, no início da década de 1990, presidente da Salgema S/A, precursora da Braskem.

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