Enquanto Paulo Guedes corta até o cafezinho na Esplanada e Jair Bolsonaro sofre críticas por causa da falta de recursos que obriga o Exército a operar em regime especial em seus quarteis, veja essa história no INSS.
Desde julho, o gerente de combate a fraudes no INSS, Luiz Alonso, dá expediente na… Finlândia.
Lotado em Petrópolis, no Rio, ele foi requisitado em abril, recebeu quase 10.000 reais para se mudar a Brasília e, semanas depois, ganhou do chefe do INSS, Renato Vieira, o aval para estudar no país nórdico às custas do dinheiro público, por dois anos. O governo está bancando o servidor para fazer um certo “mestrado nórdigo em Governança Inovadora e Gestão Pública”.
O mesmo gestor que contratou, despachou o contratado para fora do país com despesas bancadas pelo surrado cofre do governo. Pior. Colocou outra pessoa para fazer o serviço de Alonso na área de fraudes do INSS, sem cortar a grana. Duas pessoas ganhando pela mesma função.
Mas fica ainda pior. Uma turma do INSS, que não se conforma com a história,, resolveu entrar em contato com a universidade onde o servidor foi fazer o curso para saber período de requerimento de matrícula. “A resposta deles é que o curso atual, iniciado em agosto de 2019, já não tem mais período aberto, mas que o próximo, que iniciará em agosto de 2020, terá o período de aplicação aberto entre dezembro de 2019”, diz uma fonte do INSS.
Essa resposta fez o pessoal acreditar que Alonso já estava com as malas prontas para a aventura europeia quando topou coordenar o pente-fino do governo nas fraudes do INSS.
Com 14 100 de salário, Alonso não teve dúvidas: gelada por gelada, melhor a Finlândia do que as encrencas do INSS.