O recesso parlamentar e a suspensão temporária dos trabalhos da CPI da Pandemia não fizeram parar os ataques de Jair Bolsonaro contra os integrantes da comissão que hoje é tida como a principal causa para o derretimento da popularidade do presidente.
Depois de atacar o relator Renan Calheiros, ao chamá-lo de “vagabundo”, e de dizer que não estava nem aí para os questionamentos de Omar Aziz — em termos bem menos nobres, diga-se–, Bolsonaro agora disparou contra Randolfe Rodrigues, o vice-presidente da comissão.
Há pouco no Twitter, Bolsonaro publicou um vídeo em que Randolfe defende que a Anvisa aprove emergencialmente o uso da vacina Covaxin no país. No texto da postagem, o presidente insinua, inclusive, que o parlamentar teria “negociado” uma certa quantidade de vacinas.
A publicação tenta ligar o senador ao caso das tratativas de compra de doses da Covaxin superfaturadas pelo Ministério da Saúde que está em apuração justamente pela CPI.
A resposta do senador veio oito minutos depois da postagem do presidente. Ele não esclarece de quando é o vídeo e nem nega que tenha “negociado” vacinas, mas afirma que queria os imunizantes “o mais rápido possível”, qual fosse o nome de seu fabricante.
“Nossa diferença é grande: eu querida vacina e vocês queriam propina”, disse Randolfe.
Passado o recesso parlamentar, que acaba em 31 de julho, a próxima sessão da CPI da Pandemia está prevista para 3 de agosto.