A CNA (Confederação Nacional da Agricultura) mobilizou cerca de 500 ônibus em todos os Estados para irem a Brasília no fim de semana para apoiar o impeachment de Dilma Rousseff.
A previsão da entidade é que cerca de 15 mil produtores rurais vão até a capital para engrossar a manifestação.
O vice-presidente e coordenador de mobilização da CNA, José Mário Schreiner, diz que a decisão institucional de apoiar o impeachment foi tomada depois de um ato no Palácio do Planalto em que dirigentes da Contag e do MST disseram que haverá uma onda de invasões caso o afastamento de Dilma seja aprovado.
“Assistimos a dirigentes de entidades incitarem a prática de crimes dentro do planalto, sob silêncio da presidente da República”, criticou.
Ele reconhece que há um constrangimento pelo fato de a presidente da entidade, Katia Abreu, ser ministra e defensora de Dilma.
“A ministra escolheu o caminho dela, mas a CNA por meio de 26 federações estaduais decidiu apoiar o impeachment, por achar que a presidente não reúne mais condições de governar”, afirmou.
Ele evitou projetar como se dará a volta de Katia Abreu ao comando da CNA caso o impeachment seja aprovado e ela deixe o ministério. “Isso será definido depois. Nosso foco agora está no dia 17″, afirmou.
(Atualização às 16h39: Ao contrário do que foi informado, José Mário Schreiner é vice-presidente e coordenador de mobilização da CNA)