Cid zerou aplicação de R$ 187 mil em banco após prisão ordenada por Moraes
Veja as movimentações financeiras do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro em poder da CPMI
Após ser preso em 3 de maio deste ano por ordem de Alexandre de Moraes, do STF, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid resgatou progressivamente um total de 186.906,79 reais de um fundo de investimentos em renda fixa do Banco do Brasil, zerando a aplicação em 2 de junho.
Como mostrou o Radar, o auxiliar de Jair Bolsonaro também emitiu, já sob regime de prisão fechada, uma ordem de pagamento de 34.391,11 dólares por meio do banco Wells Fargo, nos Estados Unidos, liquidada em 1º de agosto.
As informações sobre o ex-ajudante de ordens estão em poder da CPMI do 8 de Janeiro, que quebrou seu sigilo bancário e recebeu relatórios de inteligência financeira do Coaf.
Os aportes de Cid no fundo BB Renda Fixa LP High começaram em 4 de agosto de 2022, com uma aplicação de 475.718,18 reais. Cerca de dois meses depois, em 11 de outubro – entre o primeiro e o segundo turno das eleições –, houve um resgate inicial de 80.000 reais.
Depois disso, o tenente-coronel do Exército só voltou a movimentar a aplicação em 4 de janeiro de 2023, com um resgate de 234.682,96 reais. Um dia antes, em 3 de janeiro, havia liquidado 156.153,15 reais de outro fundo, o BB Multimercado Carteira de Investimentos, deixando-o com saldo zero.
As datas e os valores dos resgates dos dois fundos se aproximam de uma remessa no valor de 367.374,56 reais que Cid fez para outra conta sua no BB Americas, na Flórida, em 12 de janeiro.
Feita a retirada em janeiro, a aplicação no BB Renda Fixa LP High ficou intacta, gerando rendimentos, até 9 de maio, seis dias depois da prisão do militar. Nessa data, houve um resgate de 15.000 reais, e outro de 100.000 reais em 16 de maio.
O resgate final no BB Renda Fixa LP High foi em 2 de junho, no valor de 71.078,24 reais, zerando o saldo de Cid no fundo.