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Centrão implode o mito do banco de talentos do governo Bolsonaro

Presidente do Banco do Nordeste indicado por Valdemar Costa Neto a Jair Bolsonaro ficou um dia no cargo

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2020, 07h27 - Publicado em 4 jun 2020, 07h25
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  • A imprensa desperta em Jair Bolsonaro os piores instintos, diria Roberto Jefferson. Foi a partir da imprensa, no entanto, que Bolsonaro ficou sabendo – ou melhor, não pode mais ignorar – do passado de Alexandre Cabral como apadrinhado do PTB na Casa da Moeda.

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    Investigado no TCU por gestão temerária no órgão, durante 2016 e 2019, ele foi apadrinhado por Valdemar Costa Neto e tornou-se presidente do Banco do Nordeste no feirão de cargos aberto por Bolsonaro para agradar líderes do centrão. Entre a nomeação e a demissão foram 24 horas de “gestão”.

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    O cargo, como revelou o Radar, vinha sendo disputado por estrelas da banda fisiológica do Congresso, como o PP de Arthur Lira e de Ciro Nogueira, alvos notórios da Lava-Jato nos governos petistas, a quem chegou a estar apalavrado antes de ser dado a Costa Neto.

    Cabral durou um dia como presidente do Banco do Nordeste. Seu legado, no entanto, produziu estragos em duas fantasias da “nova política” do governo Bolsonaro. O alardeado Banco de Talentos criado pelo governo para escolher quadros de competência e conduta ilibada para ocupar postos na máquina foi a primeira vítima. O outro corpo deixado pelo caminho foi o mito da varredura da Abin na vida de quem comandará repartições importantes na máquina pública.

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    Nesse ponto, Bolsonaro, se não foi avisado pelos arapongas de Augusto Heleno sobre os problemas de Cabral no TCU, tem de reclamar mesmo dos ditos “relatórios de inteligência”. Nesse caso nem o seu serviço pessoal, “que funciona”, operou.

    O constrangimento colecionado nesta semana poderia ser evitado se o presidente não agisse diariamente para minar o próprio poder, afrontando instituições todos os domingos ao servir de atração à confraria de aloprados que se reúne na Praça dos Três Poderes para pedir o fechamento do STF e do Congresso. Trabalhando de forma séria para conter a crise econômica e o avanço da pandemia, não teria como perder a batalha para o centrão.

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    Quanto mais fraco, mais Bolsonaro se torna dependente do Centrão, que já mostrou ao país o que tem a oferecer. O caso do Banco do Nordeste é o começo. O PP de Arthur Lira e Ciro Nogueira, que não levaram o Banco do Nordeste, acabou de colocar, como belo troféu de consolação, o ex-chefe de gabinete de Nogueira no comando do FNDE, que administra 58 bilhões de reais.

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