O clã Bolsonaro não esperou nem 24 horas para jogar o derrotado Maurício Macri aos leões. Há pouco, Carlos Bolsonaro detonou o presidente argentino no Twitter. Para Carlos, Macri “foi ingênuo” no comando da Casa Rosada ao “acreditar” em “empatia no comunismo”.
“Macri foi ingênuo! Acreditou que poderia contar com a esquerda, como se existisse empatia no comunismo. Ficou em cima do muro, perdeu apoio de um lado, não conseguiu do outro, e quando decidiu descer já era tarde! Se dependesse do isentão daqui, Bolsonaro cometeria o mesmo erro!”, escreveu Carluxo.
Na visão de Carluxo, só um Olavo de Carvalho da vida salvaria o argentino da derrota. A fala não deixa de ser um roteiro para o que o bolsonarismo radical, insuflado pelo presidente, vem fazendo por aqui.
Bolsonaro sabe que não pode posar de presidente equilibrado, de centro, afeito ao lado institucional do cargo, pois, na lógica de Carluxo, isso significaria “perder apoio de um lado” sem “conseguir apoio do outro”.
Por essa lógica, a turma de Jair Bolsonaro não vê a hora de Lula deixar a cadeia pelos braços do Supremo Tribunal Federal. O petista, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, é a solução ideal para a falta de assunto e de proposta de país do bolsonarismo.