Brasil piora em principal ranking sobre corrupção
Em uma escala de 0 a 100, o país alcançou apenas 38 pontos, mesma nota obtida no ano anterior, mas caiu duas posições e agora ocupa a 96ª
O Brasil segue mal avaliado no Índice de Percepção da Corrupção 2021, divulgado nesta terça pela Transparência Internacional e considerado o principal indicador de corrupção no mundo. Em uma escala de 0 a 100, o país alcançou apenas 38 pontos, mesma nota obtida no ano anterior, mas caiu duas posições e agora ocupa a 96ª colocação entre os 180 países e territórios avaliados.
O desempenho ruim do país o coloca mais uma vez abaixo da média global, de 43 pontos, mas também abaixo da média dos BRICS (39 pontos), da média regional para a América Latina e o Caribe (41 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (54 pontos) e da OCDE (66 pontos).
As melhores notas foram atribuídas a Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia (os três com 88 pontos) e Noruega, Singapura e Suécia (os três com 85 pontos). No extremo oposto, os países com as piores avaliações pelo IPC foram Venezuela (14), Somália e Síria (ambos com 13) e Sudão do Sul (11).
Elaborado desde 1995, o IPC passou por alterações metodológicas em 2012, o que tornou possível a leitura dos dados em série histórica. O índice é composto por 13 pesquisas e avaliações de especialistas, produzidas por instituições reconhecidas internacionalmente. Para desenvolver o IPC, a Transparência Internacional compila anualmente os resultados de perguntas destas pesquisas, que dizem respeito à percepção da corrupção no setor público dos países em diferentes aspectos. No caso do Brasil, o resultado teve como fonte oito destas pesquisas.