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Atual lei trabalhista torna trabalhador ‘semiescravo’, diz Marinho

Ministro do Trabalho diz que governo vai discutir todos os pontos da legislação vigente

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jan 2023, 07h01 - Publicado em 18 jan 2023, 14h23
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  • O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta quarta durante encontro de Lula com sindicalistas no Planalto que o governo discutirá todos os pontos da legislação trabalhista em vigor no país.

    Segundo ele, a reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer e que criou, por exemplo, a figura do trabalho intermitente, fragilizou a condição dos trabalhadores a ponto de se tornarem “semiescravos”.

    Calculando o impacto de suas palavras no setor produtivo e financeiro, o ministro disse, no entanto, que as mudanças pretendidas pelo governo na área do trabalho serão feitas “respeitando a previsibilidade da nossa economia” e com o aval do Congresso.

    “Estão tornando o trabalhador praticamente em semiescravo de forma regulada pela atual legislação, que nós vamos visitar uma por uma para poder discutir. Contudo, temos que ter consciência do tamanho e da complexidade das demandas”, disse.

    Marinho confirmou que o governo apresentará uma proposta para formalizar trabalhadores de aplicativo de celular que, segundo o ministro, estão submetidos a regime que “beira a trabalho escravo”. Em recado às plataformas digitais, Marinho disse que elas não deveriam se preocupar, mas afirmou que o desejo é resolver a questão “de uma vez por todas”.

    “Nós acompanhamos a angústia de trabalhadores e trabalhadores de aplicativos que muitas vezes têm que trabalhar 14, 16 horas por dia. No meu conceito de trabalho, isso beira a trabalho escravo. Aqui as empresas de aplicativo não se assustem. Aqui não tem nada demais a não ser o propósito de valorizar o trabalho e trazer a proteção social. Um trabalhador de entrega numa moto ou numa bicicleta que venha a se acidentar, quem o protege? É essa a questão que queremos resolver de uma vez por todas”, disse o ministro.

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