Batata quente
O PT sabe perfeitamente que assumir a presidência do Senado no lugar de um Renan Calheiros varrido pelo Supremo seria uma bucha sem tamanho.
Por mais que sustente o discurso combativo, a turma tem ideia de que pagaria um preço se um petista fosse o responsável por engavetar a PEC do Teto de Gastos.
Sim, mas nem por isso a postura de Jorge Viana ao longo da crise deixou de irritar seus correligionários.
A cúpula e a bancada do PT do Senado não engoliram o alívio que Viana não escondeu após o julgamento do STF, muito menos o esforço desmedido que ele fez para manter Renan na cadeira.
A avaliação é que, de fato, seria uma bobagem trabalhar pelo afastamento de Renan, mas, por outro lado, é constrangedor um petista fazer um périplo por gabinetes do Supremo em favor dos planos do peemedebista.
A preocupação é como explicar para o eleitorado do partido como um quadro importante do PT suou tanto para atender aos desejos de Renan Calheiros e Michel Temer, na visão das bases, o eterno algoz de Dilma.
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