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As mensagens de WhatsApp que implicaram Braga Netto em tentativa de golpe

Segundo a PF, o general teve "forte atuação" na "incitação contra os membros das Forças Armadas que não estavam coadunadas aos intentos golpistas"

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 fev 2024, 11h33 - Publicado em 8 fev 2024, 11h11

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou a operação deflagrada pela PF nesta quinta-feira contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados afirma que conversas de WhatsApp obtidas na investigação “evidenciaram a participação e adesão” do general Walter Braga Netto, na tentativa de golpe de Estado.

Um dos 25 alvos de mandados de busca e apreensão, o militar teve, segundo Moraes, “forte atuação inclusive nas providências voltadas à incitação contra os membros das Forças Armadas que não estavam coadunadas aos intentos golpistas, por respeitarem a Constituição Federal”.

A atuação do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, foi apontada a partir de imagens (prints) de conversas extraídas do telefone celular de Ailton Barros — capitão reformado do Exército que foi preso no ano passado por participação em fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.

Conversa entre Braga Netto e Ailton Barros, em 14 de dezembro de 2022
Conversa entre Braga Netto e Ailton Barros, em 14 de dezembro de 2022 (STF/Reprodução)

Moraes apontou que Braga Netto chegou a encaminhar para Ailton Barros, em 14 de dezembro de 2022, uma mensagem que teria recebido de um “FE” (sigla para Forças Especiais), com a seguinte afirmação:

“Meu amigo, infelizmente tenho que dizer que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá e do Gen FREIRE GOMES. Omissão e indecisão não cabem a um combatente”.

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O general Marco Antônio Freire Gomes foi comandante do Exército entre março e dezembro de 2022, último ano do governo Bolsonaro.

Ainda segundo os prints, Barros então sugeriu continuar a pressionar Freire Gomes e, caso insistisse em não aderir ao golpe de Estado, afirmou “vamos oferecer a cabeça dele aos leões”.

“Oferece a cabeça dele. Cagão”, respondeu Braga Netto.

“Ainda no contexto do referido diálogo, o investigado BRAGA NETTO encaminha uma mensagem de texto, seguida de uma imagem (cortada), que teria relação com a residência do General FREIRE GOMES. Diz: ‘Em frente à residência do general Freire Gomes agora’, como evidenciam imagens acima colacionadas”, aponta Moraes na decisão.

Veja outras conversas entre Braga Netto e Ailton Barros:

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Conversa entre Braga Netto e Ailton Barros, em 15 de dezembro de 2022
(STF/Reprodução)
Conversa entre Braga Netto e Ailton Barros, em 15 de dezembro de 2022
Conversa entre Braga Netto e Ailton Barros, em 15 de dezembro de 2022 (STF/Reprodução)

Conversa entre Braga Netto e Ailton Barros, em 17 de dezembro de 2022

Conversa entre Braga Netto e Ailton Barros, em 17 de dezembro de 2022Moraes destacou que representação da PF indicou também que a atuação não se restringiu em determinar ataques ao general Freire Gomes, mas também orientou Barros, no dia 15 de dezembro de 2022, a atacar o tenente-brigadeiro Baptista Júnior, então comandante da Aeronáutica, e a quem chamou de “traidor da pátria”, e elogiar o almirante Almir Garnier Santos, que chefiava a Marinha e foi um dos alvos da operação desta quinta.

“As referidas mensagens vão ao encontro, conforme aponta a Polícia Federal, dos fatos descritos pelo colaborador MAURO CID, que confirmou que o então Comandante da Marinha, o Almirante ALMIR GARNIER, em reunião com o então Presidente JAIR BOLSONARO, anuiu com o Golpe de Estado, colocando suas tropas à disposição do Presidente, tudo de acordo com as imagens acima”, escreveu o ministro do STF.

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“Por fim, a autoridade policial traz elementos indicativos da real expectativa que permeava o grupo quanto à permanência no poder, discorrendo ainda sobre a relação entre os todos os cinco eixos de atuação da organização criminosa que, embora ostentem finalidades específicas, foram utilizados como suporte para verdadeira execução de um golpe de Estado no Brasil”, concluiu.

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