Após cobrar criatividade por novo nome, Lula se rende ao ‘PAC 3’
O presidente prometeu retomar todas as 14.000 obras que estavam paradas; o "novo" programa será lançado em julho

Lula concedeu há pouco uma entrevista à Rádio Gaúcha e foi questionado sobre o andamento de obras federais no Rio Grande do Sul, estado que ele vai visitar pela primeira vez no mandato nesta sexta. Na sua resposta, o presidente se rendeu ao velho nome do Programa de Aceleração do Crescimento e chamou o plano que será lançado pelo governo em julho de “PAC 3“. Isso depois de passar meses cobrando criatividade dos subordinados para rebatizar o programa.
“Quando nós tomamos posse, em janeiro de 2023, a gente descobriu no Brasil durante o processo de transição que nós tínhamos 14.000 obras paradas nesse país, dentre as quais 4.000 só na área de educação. A nossa ideia é a gente retomar todas essas obras”, declarou.
Na sequência, o presidente disse que seu governo vai investir em infraestrutura neste ano mais do que seu antecessor, Jair Bolsonaro, fez nos quatro anos em que esteve no poder: 23 bilhões de reais contra 21 bilhões somados de 2019 a 2022.
“E nós vamos retomar todas as obras que estavam paradas. Obras ainda do meu governo, obras do governo Dilma, obras que foram paralisadas, sobretudo quase 180.000 casas que estão paralisadas […] Porque é preciso acabar com essa história de o Brasil continuar sendo um canteiro de obras paralisadas. Se a gente quiser fazer a economia crescer e gerar emprego, a gente vai ter que fazer investimento, e nós vamos fazer. E vamos fazer muito”, afirmou.
“E é por isso que nós vamos lançar agora no mês de julho um novo programa de infraestrutura nesse país em que a gente vai fazer uma combinação daquilo que é capacidade de investimento do Orçamento, aquilo que é capacidade de financiamento do banco público e aquilo que é possível de fazer PPP (parceria público-privada). Nós queremos transformar esse país num canteiro de obras, como nós fizemos no PAC 1 e no PAC 2, e agora no PAC 3 a gente vai outra vez retomar todas as obras que estão paralisadas”, concluiu.