Ao condenar Engevix, Moro cita bom exemplo da Volkswagen
Na sentença em que condenou o dono da Enegix Engenharia, Gerson Almada, a 19 anos de prisão, o juiz federal Sergio Moro sugeriu que a construtora procurasse o Ministério Público, CADE, Petrobras e a Controladoria-Geral da União para regularizar sua situação empresarial através de acordos de leniência. Ao dar tal sugestão, Moro cita o exemplo […]
Na sentença em que condenou o dono da Enegix Engenharia, Gerson Almada, a 19 anos de prisão, o juiz federal Sergio Moro sugeriu que a construtora procurasse o Ministério Público, CADE, Petrobras e a Controladoria-Geral da União para regularizar sua situação empresarial através de acordos de leniência.
Ao dar tal sugestão, Moro cita o exemplo da Volkswagen, que após revelação de um esquema para mascarar emissão de poluentes em alguns de seus carros, admitiu o erro, afastou rapidamente seu CEO e separou bilhões de euros para o pagamento de multas e recalls, além de ter anunciado polpudos investimentos para o desenvolvimento de tecnologias que reduzam a emissão de gases.
Disse Moro em sua sentença: “Com as devidas adaptações, o recente exemplo da reação pública da automotora Volkswagen é ilustrativo do comportamento apropriado de uma grande empresa quando surpreendida na prática de malfeitos, diga-se de passagem aparentemente menores dos que os apurados no presente feito. A admissão da responsabilidade não elimina o malfeito, mas é a forma decente de superá-lo, máxime por parte de uma grande empresa”.