AGU vai pedir que chefe da segurança de SP remova foto de Lula em maconha
O secretário Guilherme Derrite publicou nas redes sociais imagens de tabletes da droga apreendidos pela PM no Estado, com o rosto do presidente
Na noite desta quarta-feira, o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, publicou nas suas redes sociais fotos de tabletes de maconha apreendidos pela PM no Estado com adesivos da foto do presidente Lula e “faz o L”.
“Um casal foi preso em Euclides da Cunha Paulista trazendo grande quantidade de maconha de Ponta Porã (MS) a São Paulo. Policiais militares perceberam a atitude suspeita, deram ordem de parada e o casal tentou fugir, até atolar em uma estrada de terra e ser preso. Parabéns aos policiais. Continuamos nosso trabalho para demonstrar que em São Paulo o crime não compensa”, escreveu o secretário do governo Tarcísio de Freitas, que é deputado federal licenciado pelo PL de Jair Bolsonaro e foi capitão da Polícia Militar.
Um casal foi preso em Euclides da Cunha Paulista trazendo grande quantidade de maconha de Ponta Porã (MS) a São Paulo. Policiais militares perceberam a atitude suspeita, deram ordem de parada e o casal tentou fugir, até atolar em uma estrada de terra e ser preso. pic.twitter.com/qE6deDr067
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) September 14, 2023
Com a repercussão da postagem, que já alcançou mais de 255.000 visualizações só no X (ex-Twitter), a AGU informou há pouco que vai encaminhar ainda nesta quinta uma notificação extrajudicial à Secretaria de Segurança Pública do Estado solicitando a imediata remoção de postagens realizadas pelo titular da pasta em suas contas pessoais.
Para a Advocacia-Geral da União, Derrite associou, por meio de fotos, a apreensão de maconha em município paulista ao presidente da República. “A notificação ressalta o caráter político das postagens, que veiculam fotos de tabletes da droga com adesivos do presidente, e adverte que, em caso de não cumprimento do pedido, a AGU adotará as medidas judiciais cabíveis para reparar o ato e responsabilizar o agente público pela conduta”, informou a pasta.