A justificativa dos líderes da Câmara para o bilionário fundo eleitoral
Valor da verba de campanha, fixado em 4,9 bilhões de reais, gerou um duelo entre senadores e deputados
Na reta final dos trabalhos do Congresso, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira divergiram sobre o tamanho do fundão eleitoral no Orçamento de 2024.
O senador mineiro, como registrou o Radar, queria manter os valores na ordem de 2 bilhões de reais, mesmo patamar da eleição municipal passada, enquanto Lira e os líderes da Câmara defendiam os 4,9 bilhões de reais que acabaram prevalecendo.
A decisão do Congresso pela fatia maior de gasto, segundo esses líderes, tem justificativas numéricas. Nas eleições municipais de 2020, foram 517.786 candidatos, ainda segundo dados oficiais da Corte Eleitoral Superior, disputando prefeituras, vice-prefeituras e vagas nas câmaras de vereadores.
As eleições anteriores tiveram menos candidatos. Com muito mais postulantes para dividir o bolo, os partidos não pensaram duas vezes. Mesmo com a repercussão negativa da gastança, optaram pela saída mais fácil.