A estratégia do governo Lula para evitar novos ataques a torres de energia
Grupos golpistas são suspeitos de vandalizarem linhas de transmissão pelo país; Aneel já confirmou sete ocorrências desde o último dia 8
Representantes do setor elétrico tiveram uma reunião nesta terça-feira com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o ONS e com a Aneel, na qual foram discutidas medidas de reforço da segurança das linhas transmissão de energia no país depois da queda de ao menos quatro torres e danos a outras três desde o último dia 8.
Há a suspeita de que torres estejam sendo alvo de tentativas de sabotagem por grupos golpistas relacionados às invasões às sedes dos três poderes em Brasília. Segundo Silveira, a Polícia Federal está investigando os casos para dar uma resposta rápida à sociedade.
Na segunda, o titular do MME se reuniu com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e os chefes da PF e PRF para discutir o reforço no policiamento das regiões no entorno de torres pelo país com o apoio das polícias militares locais. Nesta quarta, junto com representantes das empresas que fazem o serviço de transmissão, Silveira pediu aumento no investimento em monitoramento por imagem, com uso de câmeras e drones.
“Esta reunião serviu para discutirmos questões fundamentais para a modernização da segurança do sistema de transmissão nacional. Há uma boa vontade muito grande de todos os ‘players’ do sistema, com implantação de videomonitoramento, com implantação de vigilância via drone e outros instrumentos muito modernos”, disse.
O MME criou ainda um grupo de trabalho para monitorar movimentos golpistas que buscam sabotar a infraestrutura do país, seja por dano às linhas de transmissão, seja pelo bloqueio dos acessos a refinarias de combustíveis. Das quatro torres de energia efetivamente derrubadas, três estavam localizadas em Rondônia e uma no Paraná. Há registros de vandalismo, ainda, em torres em São Paulo.