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Paulo Rabello: pagamos alto preço para entregar recursos a Estado ‘bêbado’

VEJA Mercado: ex-presidente do BNDES diz que governo se alimenta de bilhões de reais e não tem se comportado da maneira adequada na gestão de recursos

Por Diego Gimenes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 ago 2024, 14h57 - Publicado em 1 ago 2024, 09h30
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  • VEJA Mercado | 1° de agosto de 2024.

    As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados entre perdas e ganhos na manhã desta quinta-feira, 1°. Nenhuma surpresa nas reuniões, mas sim nos comunicados. Os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos não alteraram as taxas básicas de juros das economias, mas os recados nos comunicados e na coletiva de Jerome Powell foram bem claros.

    Nos Estados Unidos, o presidente do Fed afirmou reiteradas vezes que a instituição está pronta para começar a cortar os juros americanos nos próximos meses. A convicção foi tão grande e repetitiva que alas mais otimistas do mercado passaram a acreditar em até três cortes de juros neste ano. As bolsas dispararam ontem e o Ibovespa subiu 1,5%. Depois do fechamento, veio a decisão do Copom. Juros mantidos e nenhuma menção à possibilidade de alta na taxa Selic — como os economistas temiam.

    O Copom manteve o balanço de riscos simétrico e afirmou que as taxas devem se manter estagnadas por tempo indeterminado. Os recados, portanto, foram mais suaves do que o esperado. O que fica para as economias a partir dessas decisões? Este é o assunto desta edição do VEJA Mercado. Diego Gimenes entrevista Paulo Rabello de Castro, economista e ex-presidente do BNDES. Rabello critica a gestão de recursos públicos pelo governo e afirma que cortes de gastos não resolvem o problema do orçamento. “Se a transmissão de dinheiro é para um ente guloso, obeso e malcomportado chamado governo, que está todos os dias se alimentando de bilhões de reais, entramos num sistema maluco. Pagamos um altíssimo preço para capturar recursos para entregar nas mãos de um bêbado, que está fabricando mais de 1 trilhão de reais de déficit nominal”, disse.

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