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Térmicas seriam contratadas com ou sem MP da Eletrobras, diz Mac Cord

Secretário de desestatização do Ministério da Economia diz que as térmicas não devem ser impeditivo para aprovação da MP que privatiza a Eletrobras

Por Josette Goulart 2 jun 2021, 18h29
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  • O secretário especial de desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse em entrevista ao Radar Econômico que a contratação de usinas termelétricas movidas a gás natural será feita com ou sem a obrigação incluída no texto da Medida Provisória da privatização da Eletrobrás. A inclusão desta obrigação pelo relator da Medida Provisória na Câmara, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), gerou um grande barulho com as associações de indústria e do setor elétrico por se tratar de um jabuti dentro da MP.

    Da forma como foi proposta originalmente pelo deputado Elmar, o governo ficaria obrigado a contratar a um preço pré-definido e em determinados locais pré-estabelecidos, o que obrigaria a um grande investimentos em gasodutos pelo país e encareceria o preço da energia. Mac Cord diz que o governo fez um grande esforço e o texto foi alterado mais uma vez e aprovado prevendo apenas a obrigação da contratação das térmicas, algo que o governo já faria por conta da conjuntura: as térmicas a óleo serão aposentadas por serem caras e mais poluentes, as usinas de energia eólica são intermitentes e precisam de complemento e as usinas hidrelétricas sofrem com o regime de chuvas que mudou por conta do aquecimento global e já não retêm água suficiente nos reservatórios.

    Mac Cord garante que o preço estabelecido para a energia das novas térmicas terá  teto equivalente a 300 reais o MW, que foi praticado no último leilão de energia. O texto da MP está agora sendo trabalhado pelo Senado Federal, sob relatoria do senador Marcos Rogerio (DEM-RO). O Senado precisa aprovar a MP já na próxima semana para dar tempo, se houver alteração, ser novamente apreciado pela Câmara e ir à sanção presidencial antes de caducar.

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