O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, deixou o isolamento em São Paulo — algo que ele tentou manter durante toda a pandemia (ao menos foi o que disse ao Radar Econômico há poucos meses) — para fazer o que chamou de “visita de cortesia” ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília, nesta terça-feira, 9. Foi, na verdade, cobrar mais boa vontade do ministro em temas caros aos bancos. Um dos temas que irritou a Febraban foi como Jair Bolsonaro passou a boiada nos bancos com o aumento da alíquota de CSLL até o fim do ano, que vai custear a desoneração de PIS e Cofins do óleo diesel dos caminhoneiros. Sidney decidiu bater perna por Brasília num momento em que a pandemia bateu 10 recordes seguidos na média móvel de mortes por Covid-19. A pressão dentro da Febraban está grande.
A Febraban, a pedido do Radar Econômico, enviou uma nota sobre a “visita de cortesia” de Sidney a Paulo Guedes. Você a lê, abaixo, na íntegra:
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, fez uma rápida visita de cortesia no início da tarde desta terça-feira ao ministro da Economia, Paulo Guedes. No encontro, ambos concordaram que os dois fatores preponderantes para a retomada mais rápida da economia são a vacinação em massa, o mais rápido possível, e a aprovação das reformas que darão sustentabilidade fiscal. Na conversa, Isaac Sidney enfatizou que a conjuntura econômica é desafiadora e que o setor bancário tem toda disposição em se somar às lideranças políticas e empresariais para tratar de uma agenda de reformas. O ministro Paulo Guedes agradeceu a visita e demonstrou confiança na aprovação pelo Congresso da PEC emergencial, da Reforma Administrativa e de outras propostas que melhoram a produtividade da economia e facilitam o investimento. O ministro aproveitou para ressaltar que, conforme prevê o texto da medida provisória, o aumento da CSLL vigorará até 31 de dezembro deste ano.
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