As apostas em uma elevação de 0,75 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião de dezembro aumentaram depois da publicação da ata da última reunião do Copom em que o Banco Central alerta sobre a importância de uma política fiscal mais firme. As incertezas só crescem enquanto o governo não anuncia o famigerado pacote de cortes de gastos públicos. Alguns bancos e corretoras já projetam uma taxa Selic a 14% no primeiro semestre de 2025. Por outro lado, outros economistas alertam para os riscos que essa política pode trazer para a economia. “A estratégia de jogar a taxa de juros lá em cima para compensar o problema fiscal significa não pensar na segunda derivada. Se os juros baterem 14% ao ano, a economia brasileira vai começar a desacelerar e a arrecadação vai cair. Isso só piora o problema fiscal, percebe a armadilha?”, diz o economista André Perfeito em entrevista ao programa VEJA Mercado. “O esforço para a meta de inflação convergir de 3,6% para 3% em 2026 é tão grande que eu temo que seja contraproducente”, completa. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo nas redes sociais e no VEJA+, a partir das 10h.
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