Assine VEJA por R$2,00/semana
Radar Econômico Por Pedro Gil (interino) Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich
Continua após publicidade

Na mira da PF, empresa dava prêmios em balões para quem captava dinheiro

Investigação contra a PetraGold já envolve R$ 300 mi bloqueados e busca em casa do dono

Por Felipe Erlich Atualizado em 9 Maio 2024, 18h43 - Publicado em 7 dez 2023, 13h32
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A PetraGold, empresa carioca que opera no mercado de capitais, entrou na mira da Polícia Federal (PF) por suspeita de crimes financeiros e lavagem de dinheiro, em operação deflagrada na quarta-feira 6. Como mostrou o Radar Econômico, o trabalho de parte dos assessores de investimento da companhia teria sido utilizado para orquestrar um sofisticado esquema de pirâmide, segundo clientes que não conseguem resgatar valores aplicados há anos. A fim de incentivar a captação dos maiores montantes possíveis pelos assessores, hoje sob suspeita criminal de terem sido desviados, a PetraGold organizou um curioso sistema de premiações.

    Publicidade

    Balões azuis e dourados cheios de dinheiro foram fixados no teto do escritório da empresa e, quem captasse um aporte de ao menos 5 mil reais, tinha direito de estourar um. Assim, o felizardo se banhava em dinheiro. Os prêmios variavam progressivamente conforme o montante que os assessores traziam para a companhia. 5 mil a 50 mil reais davam o direito de estourar um balão azul escuro. 50 mil a 100 mil reais, um balão azul claro. Mais de 100 mil reais rendiam um almejado balão dourado. Agora, o clima de festa na empresa ficou para trás, visto que a 8a Vara Federal Criminal do RJ determinou o sequestro de 300 milhões de reais em bens de Eduardo Monteiro Wanderley, dono da PetraGold, e demais investigados.

    Publicidade
    Premiação com balões na PetraGold: incentivo para quem captar mais em suposto esquema criminoso
    Premiação com balões na PetraGold: incentivo para quem captasse mais em suposto esquema criminoso (Reprodução/Reprodução)

    Agentes da PF também cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Wanderley. Sob seu comando, a PetraGold realizou investimentos em espaços culturais e esporte, o que a PF classificou como uma tentativa de difundir o nome da companhia. Foi comprado um teatro na abastada região do Leblon, batizado de Teatro PetraGold, e a empresa patrocinou os museus de Arte Moderna (MAM) e de Arte do Rio (MAR). Com o desdobramento da operação da PF, apelidada de Lóris, expoentes da empresa poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e emissão ilegal de debêntures. A pena pode chegar a 30 anos de reclusão.

    Siga o Radar Econômico no Twitter

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.