Saques, brigas e promessas: o caos instalado na PetraGold
Em um ato de fúria com mais uma negativa sobre seus pagamentos, um funcionário chegou a quebrar computadores
O clima não poderia ser pior dentro da gestora carioca PetraGold — e não poderia ser diferente. Se, como relatou o Radar Econômico, a empresa promoveu uma série de calotes a investidores que colocaram seus recursos sob administração da gestora, em ações já somam mais de 7 milhões de reais, com clientes pedindo valores substanciais que chegam até 2,5 milhões de reais, a draga financeira atinge até mesmo funcionários da PetraGold. A empresa está tendo dificuldade em pagar os resgates dos investidores desde o começo do ano, mas nos últimos dois meses não está pagando nem mesmo os funcionários. Na ocasião, a empresa afirmou em nota que não há fraudes no seu processo de debêntures, e que “o que ocorre é um problema de liquidez”.
Segundo relatos feitos à coluna, o CEO da empresa, Eduardo Braule-Wanderley, está convidando os clientes de maior aporte ao escritório e oferecendo televisores e computadores para abater o valor investido por eles. Em um grupo privado, ele chegou a menosprezar o impacto da publicação do Radar Econômico apontando as irregularidades: “Não é tão ruim”, escreveu. Um episódio ocorrido na semana passada denota o clima de desgaste dentro da empresa: em um ato de fúria com mais uma negativa sobre seus pagamentos, um funcionário quebrou computadores e levou outros para casa ao saber que o terceiro prazo de receber o salário no mês não seria cumprido. Ele chegou a partir pra cima de um gerente, mas foi contido por colegas de trabalho.
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