Depois da aprovação de Gabriel Galípolo como próximo presidente do Banco Central, gestores e investidores consultados pelo Radar Econômico afirmam que ele e o ministro da Fazendo, Fernando Haddad, precisam vir para ontem à São Paulo dar um norte sobre o futuro da política fiscal e monetária.
Há diversos riscos no radar, como a recente notícia de que o governo pode taxar milionários para custear a isenção de imposto de renda para quem ganha menos de 5 000 reais por mês. O excesso de gastos fora do resultado primário — sendo transferidos para o resultado nominal, como o auxílio ao Rio Grande do Sul — também tem elevado o nível de alerta, pois gestores desconfiam que mesmo que o Arcabouço Fiscal seja respeitado, os números apresentados no primário não refletem a realidade.
As dúvidas se acumularam, curiosamente, logo após o upgrade dado pela agência de classificação de risco Moody’s, na semana passada. Neste momento, a curva de juros no mercado financeiro indica que o Brasil poderá chegar em 2026 com uma taxa Selic de 13,25% — algo que deveria ser evitado pelo governo.
Para acalmar os ânimos, nada melhor que uma boa conversa e a apresentação de um plano factível para que o Brasil não entre na mesma rota trilhada há uma década atrás.