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Empresário que vendeu Covaxin é acusado pelo C6 Bank de desvio milionário

Banco fez aporte de 4 milhões de reais em empresa de Maximiano que iria desenvolver um fundo de direitos creditórios na área da saúde

Por Josette Goulart Atualizado em 29 jun 2021, 18h31 - Publicado em 29 jun 2021, 12h37
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  • O C6 Bank, que já é um dos maiores bancos digitais do país, acusa na Justiça o empresário Francisco Emerson Maximiano de desviar recursos e ocultar patrimônio para não pagar uma dívida que a valores atualizados chegam a 5 milhões de reais. Maximiano é o principal executivo e sócio da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a venda da vacina indiana Covaxin e está sob investigação na CPI da Covid como suposto pivô de um esquema suspeito no Ministério da Saúde

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    Muito antes de vender vacina, em 2018, Maximiano fez uma parceria com o C6 para estruturar um fundo de investimentos em direitos creditórios para antecipar recebíveis de prestadores de serviços de saúde contra entidades de autogestão de planos de saúde. A empresa foi batizada de Saúdebank e estimava que tinha um potencial de captar 350 milhões em recursos de investidores e chegar a valor de mercado de 1,3 bilhão de reais. O negócio, segundo consta dos autos, era acompanhado dentro do banco pelo então sócio do C6, Carlos Fonseca. Fonseca junto com Marcelo Kalim, Leandro Torres e Luiz Marcelo Calicchio fundaram o C6 em 2018 quando deixaram o BTG. Um ano depois, Fonseca deixou o próprio C6 e hoje é sócio de uma gestora de recursos chamada Galapagos.

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    O C6 aportou 4 milhões de reais na Saúdebank por meio de debêntures, ou seja, de dívida e não de participação acionária, logo no primeiro ano de funcionamento do banco. Maximiano diz no processo que a ideia original da parceria era para o C6 ser sócio do negócio entrando com a captação de recursos de investidores e o empresário entraria com seu conhecimento no setor de saúde. Mas o C6 teria desistido do projeto depois da saída de Fonseca. O C6 alega que continuou com o interesse.

    Em 2019, o banco entendeu que poderia pedir a antecipação dos pagamentos das debêntures porque identificou indícios de desvios de recursos sem que a empresa fornecesse documentos sobre o destino do dinheiro e, então, entrou na Justiça. O juiz do caso chegou a pedir o bloqueio das contas da Saúdebank e nem mil reais foram encontrados. O banco abriu um novo processo pedindo que a Justiça autorizasse o que no direito se chama de desconsideração da personalidade jurídica. Na prática, a medida serve para que o banco possa ir atrás dos bens pessoais de Maximiano para fazer frente à dívida.

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    O caso também foi à arbitragem e a documentação mostrou que quase um milhão de reais saiu das contas do Saúdebank para a empresa Primares, que figura como sócia no negócio e que tem Maximiano como principal acionista. Maximiano alega que é normal fazer este tipo de centralização de caixa entre empresas do mesmo grupo e que todos os recursos das debêntures foram usados no negócio, que acabou não indo adiante por falta de comprometimento do C6. Na arbitragem, o resultado foi a favor do C6, segundo fontes que acompanham o processo, e na Justiça ainda não há uma decisão definitiva.

    Na época do negócio, o C6 era um banco iniciante e hoje é uma fintech avaliada em 11 bilhões de reais que, na segunda-feira, 28, anunciou a venda de 40% do negócio para um dos maiores bancos americanos, o JP Morgan. O empresário Maximiano entrou no ramo das vacinas contra Covid-19 e na próxima quinta-feira, 01 de julho, será ouvido pela CPI da Covid

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