VEJA Mercado | 4 de julho de 2024.
“O corte de gastos pode ser maior ou menor do que o anunciado, ainda não sabemos. Esta é apenas uma demonstração de que o governo está querendo ir na direção correta”, disse Luiz Fernando Figueiredo, presidente do conselho da Jive Mauá e ex-diretor do Banco Central.
Na noite da última quarta-feira, 3, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo fará cortes de 25,9 bilhões de reais em despesas obrigatórias em 2025. Depois de uma bateria de reuniões com o Lula ao longo do dia, o ministro disse que o presidente determinou que o arcabouço fiscal fosse cumprido. “Eles disseram que vão cumprir o arcabouço fiscal a todo o custo, esse é o anúncio mais relevante”, afirmou Figueiredo.
Nas últimas semanas, o presidente Lula concedeu uma série de entrevistas em que atacou a autonomia do Banco Central e negou a necessidade de cortes de gastos. As falas aumentaram os temores do mercado de que o governo não se comprometeria com a responsabilidade fiscal, o que gerou turbulências e elevou o dólar à máxima de R$ 5,70. Após as sinalizações de Haddad, o dólar opera em queda de 1,7%, a R$ 5,47.
Camila Barros entrevista Luiz Fernando Figueiredo, presidente do conselho da Jive Mauá e ex-diretor do Banco Central.
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