Travado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado desde o ano passado, o projeto que proíbe transações de imóveis em dinheiro vivo foi rememorado por parlamentares depois de o portal Uol revelar que a família do presidente Jair Bolsonaro comprou 51 imóveis em espécie. Em entrevista ao Radar Econômico, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), relator da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), afirmou que a matéria é de extrema importância, tanto para o combate à lavagem de dinheiro quanto para a arrecadação do país.
“Todos os estudos e análises técnicas apontam que a compra de imóveis em dinheiro é um dos métodos mais antigos para esconder recursos. O projeto seria de extrema importância para o combate à lavagem de dinheiro”, afirma. Segundo Vieira, o andamento da proposta, aprovada na CAE no ano passado, depende apenas da vontade do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Está pronto para ser votado em plenário”, diz.