VEJA Mercado | Fechamento | 9 de setembro.
Rasga tudo e começa de novo. Foi assim que os analistas (e os jornalistas) reagiram ao turbilhão de emoções no fim do pregão de hoje. E a sinalização veio nos últimos minutos. Depois de cair quase 4% no dia anterior, o Ibovespa esteve em queda durante o dia inteiro e chegou a cair mais de 1%, com o movimento dos caminhoneiros e os dados da inflação acelerada. Mas o índice subiu o elevador e, em apenas 10 minutos, virou o jogo e fechou a quinta-feira em alta de 1,72%, a 115.360 pontos. Nesses minutos de euforia descontrolada, chegou a subir 2,6%. A razão é clara: o recuo de Bolsonaro nos ataques ao STF, depois de sentir que também o movimento dos caminhoneiros poderia ficar incontrolável. “O mercado esperava uma sinalização de paz, e a reação do mercado foi instantânea e surpreendente” avalia Renato Breia, sócio-fundador da Nord Research. Um dos papéis que foram fundamentais na virada foi o da Petrobras, atrelado ao cenário político e macroeconômico do país. Em queda de quase 3% durante o dia, a ação fechou em alta de 2,16%.
O dólar também, em questão de minutos, despencou. A moeda americana caminhava para mais um dia de valorização frente ao real, mas fechou em queda de 1,85%, a 5,22 reais. Os juros futuros, contudo, seguem lá em cima. O DI para 2025 fechou a quinta-feira a 10,06%, e o de 2031, a 10,91%. No caso do DI, uma carta à Nação não tirou o peso do registro da maior inflação para um mês de agosto em 21 anos.