Não podendo ou não querendo gastar milhões com uma residência de férias luxuosa, a Resid quer chegar ao público que está disposto a adquirir apenas uma fração desse imóvel por algumas centenas de milhares de reais. A empresa está anunciando um investimento de 1,1 bilhão de reais nos próximos cinco anos para vender Clubes de Residências Privadas, como o modelo de negócios é chamado. Assim, espaços de luxo em locais como Trancoso e Fernando de Noronha teriam múltiplos donos, cada um com direito de usufruir sua propriedade pela proporção que detêm dela. “Vendemos imóveis de acordo com o consumo de férias de cada um. Você paga proporcionalmente no uso e na manutenção, com gestão nossa”, afirma Paulo Henrique Barbosa, CEO da Resid. Um dos modelos que serão mais utilizados para o compartilhamento das propriedades é o calendário rotativo de prioridade, em que um dono escolhe em quais semanas do ano quer usá-la, mas no ano seguinte a prioridade de escolha seria de outro dono.
O dinheiro para o investimento virá de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), e a aposta da empresa é na tendência do nomadismo digital pós-pandemia como impulsionador do negócio. Todos os imóveis compartilhados serão concebidos e construídos pela Resid e parceiros, oito estão em andamento e o primeiro deve ser lançado em dezembro deste ano.
*Quer receber alerta da publicação das notas do Radar Econômico? Siga-nos pelo Twitter e acione o sininho.