Paraná | VEJA

A defesa de Luis Felipe Santos Manvalier, 32 anos, acusado de ter agredido, matado e jogado a esposa, a advogada Tatiane Spitzner, 29, do apartamento do casal, em Guarapuava, centro-sul do Paraná, pediu a transferência do professor de biologia para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

Em ofício enviado à juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2.ª Vara Criminal de Guarapuava, os advogados Cláudio Dalledone Junior, Adriano Bretas e Caio Fortes de Matheus afirmam que Manvalier vem apresentando “quadro de depressão profundo” e tentou se matar na Penitenciária Industrial de Guarapuava.

“Luis Felipe se autolesionou valendo-se de uma lâmina de barbear e, depois, improvisou um torniquete e tentou se matar nas dependências do cárcere. Após quatro desmaios, a tentativa restou frustrada”, diz o documento. De acordo com os advogados, a transferência é necessária porque o Complexo Médico Penal possui estrutura adequada para garantir atendimento psiquiátrico a Manvalier.

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Procurada, a promotora responsável pelo caso, Dunia Rampazzo, afirmou que pediu que Manvalier passe por uma avaliação psiquiátrica para então dar uma resposta ao pedido.

O caso

Tatiane morreu na madrugada de 22 de julho depois de voltar de um barzinho onde ela e o marido tinham encontrado amigos para comemorar o aniversário de Manvalier. Imagens de câmeras de segurança mostram que a advogada foi agredida várias vezes pelo marido ao chegar em casa. As agressões se iniciam no carro e prosseguem dentro da garagem e do elevador do edifício. As câmeras mostram a queda da advogada e a movimentação do marido, que desce, recolhe o corpo e o leva para dentro de casa novamente.

O professor de biologia está preso, suspeito de feminicídio. Ele foi detido depois de bater o carro de Tatiane quando supostamente tentava fugir para o Paraguai. Em depoimento à polícia, ele nega as acusações e afirma que a esposa se jogou da janela depois de uma discussão.