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Os tabus musicais e comportamentais que Rita Lee quebrou ao longo da vida

Carreira da Rainha do Rock brasileira foi marcada por muito arrojo e combate ao conservadorismo

Por Gabriela Caputo Atualizado em 9 Maio 2023, 13h05 - Publicado em 9 Maio 2023, 11h38
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  • Em novembro de 2012, Rita Lee, então com 64 anos, abaixou as calças e mostrou as nádegas durante um show em Brasília. A cena, é claro, fez barulho. Àquela altura, a rainha do rock já havia se consagrado há muito como uma das figuras mais polêmicas da música brasileira — e estava cutucando um novo tabu: o do envelhecimento. Para muitos, uma mulher na casa dos 60 não poderia exibir seu corpo como quisesse. No Twitter, Rita anunciou que havia perdido o patrocínio de um banco pelo feito. Mas, como de costume, debochou. Sua carreira, afinal, foi marcada pela postura arrojada e de combate ao conservadorismo, com atrevimento ímpar. Relembre a seguir outros grandes tabus musicais e comportamentais que Rita Lee quebrou ao longo da vida:

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    Pioneirismo no Rock
    O título de Rainha do Rock não é à toa: Rita Lee foi a primeira mulher a tocar guitarra nos palcos brasileiros, um instrumento na época tido como exclusivamente masculino. Na década de 1970, quando integrou os Mutantes, Rita era uma das poucas artistas mulheres que, para além de interpretar, participavam das composições de letras e arranjos das músicas. Nos palcos com a banda, ela também tocava percussão e flauta.

    Drogas sem hipocrisia
    Ao longo de sua vida, a cantora sempre tratou abertamente sobre o uso de drogas e falava a favor da descriminalização da maconha. Em uma de suas composições mais irreverentes, Obrigado Não, de 1997, cantou: Por que whisky sim? Por que cannabis não?. Rita considerava esta uma hipocrisia dos conservadores, da qual ela própria já foi vítima: durante a ditadura, foi presa por porte de maconha, quando estava grávida de três meses. No período, inclusive, foi usada pelo regime como um exemplo de mau comportamento.

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    Afronta ao machismo: nada de “sexo frágil”
    Rita Lee também levantava a voz contra o machismo com ardor. Em letras como Cor de Rosa Choque (1982), invoca a força feminina e enfrenta a ideia historicamente preconceituosa de “sexo frágil”, além de falar abertamente sobre menstruação. Em suas declarações barulhentas, a cantora também já tratou sobre aborto — e assumiu ter realizado o procedimento em seu livro, Rita Lee: uma Autobiografia, publicado em 2016.

    Sexualidade feminina
    Andando lado a lado com a afronta ao machismo esteve seu discurso autêntico sobre a liberdade sexual feminina, presente em muitos trabalhos. Diversas composições de Rita causaram espanto nos anos 1970 e 1980 ao tratar sobre sexo com naturalidade — algumas delas foram, inclusive, vítimas de censura durante a ditadura. Canções emblemáticas como Lança Perfume Banho de Espuma carregam a marca de empoderamento, que acompanhou Rita Lee ao longo de toda a sua trajetória, desde que pisou em um palco com uma guitarra em mãos.

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