As polêmicas envolvendo o show que Roger Waters fez recentemente em Berlim, na Alemanha, continuam rendendo. Nesta terça-feira, 6, foi a vez do Departamento de Estado dos Estados Unidos se manifestar. Segundo uma reportagem da Reuters, o show na capital alemã foi “profundamente ofensivo para o povo judeu” e acusou Waters de ser anti-semita. O músico fará seis shows no Brasil este ano de sua turnê de despedida, This Is Not a Drill. Os shows ocorrerão entre outubro e novembro em Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo. A turnê iria ocorrer em 202, mas foi adiada devido à pandemia e retornou em julho de 2022, em Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Aos 79 anos, o ex-baixista do Pink Floyd, fez uma apresentação em que usava um sobretudo preto com um emblema semelhante à suástica nazista. Para o músico, o figurino era uma declaração contra o fascismo, a injustiça e o fanatismo e considerou as críticas como “insinceras e politicamente motivadas”. Waters afirmou que a representação de um “demagogo fascista desequilibrado” é uma característica de seus shows desde The Wall (1979).
Nas redes sociais, a embaixadora dos Estados Unidos Deborah Lipstadt, disse concordar plenamente com a acusação de Roger Waters distorceu o Holocausto de maneira desprezível. Segundo a reportagem da Reuters, um e-mail do Departamento de Estado manteve o comentário de Lipstadt. “O artista em questão tem um longo histórico de uso de alegorias anti-semitas para difamar o povo judeu”, acrescentou o departamento.
Vale lembrar que o britânico Roger Waters é um crítico veemente da política externa americana e no início deste ano falou no Conselho de Segurança da ONU sobre a Guerra na Ucrânia, a convite da Rússia. Ele também apoia os palestinos e é contra a ocupação israelense dos territórios da Cisjordânia.