Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

O Som e a Fúria Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Felipe Branco Cruz
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal
Continua após publicidade

Humanos que se cuidem: k-pop usa inteligência artificial para criar ídolos

O resultado é impressionante — e assustador

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2024, 23h38 - Publicado em 24 jun 2023, 08h00

Formar um ídolo do k-pop não é tarefa fácil. Os postulantes devem saber cantar, dançar, compor e tocar, num treinamento que pode durar cinco anos. Eles precisam ainda ser bonitos e não ter passado polêmico. Quando estreiam, enfim, nada garante o sucesso — e a pressão é tão grande que muitos sucumbem à depressão e até ao suicídio. Trata-se de uma cultura difícil de ser mudada, já que os fãs buscam ídolos perfeitos e se exige do artista um nível de performance quase do padrão de uma máquina. Com a popularização da inteligência artificial na música, é exatamente isso que está acontecendo no showbiz da Coreia do Sul. Dois novos grupos femininos de k-pop, Eternity e Mave, exibem belas meninas entre 19 e 20 anos — só que de mentirinha: elas são figuras hiper-realistas criadas digitalmente.

K-Pop – Manual de Sobrevivência

A aposta nos popstars high-tech remonta à década de 70, quando os músicos do Kraftwerk surgiram no palco imitando a postura de autômatos, de forma a harmonizar com os sons e batidas de sintetizadores. Agora, ocorre o inverso, ou seja, são robôs fazendo o papel de gente de carne e osso. As vozes das novas sensações do k-pop foram criadas por computador e suas fisionomias surgiram a partir de uma mescla do que é considerado padrão de beleza na Coreia do Sul.

K-Pop – Além da sobrevivência

Continua após a publicidade

O resultado é, ao mesmo tempo, impressionante e assustador. Apesar de não esconderem que são personagens virtuais, as meninas interagem com os fãs tal como artistas reais. Elas dão entrevistas contando seus gostos pessoais (“curto fazer imitações”, diz Seoa, do Eternity) e mostram sua rotina “humana”. Só não fazem — ainda — shows ao vivo.

Twice: The Story of K-Pop’s Greatest Girl Group

Formado neste ano, o Mave tem só duas músicas lançadas, mas já acumula visualizações de fazer inveja a muito artista de carne e osso. A faixa Pandora, que surgiu em janeiro, já tem 24 milhões de views no YouTube. O Eternity, criado há cerca de um ano, segue a mesma toada. A canção DTDTGMGN já acumula 6,5 milhões de views. Os clipes têm tudo que os fãs de k-pop amam, com suas coreografias elaboradas, ídolos carismáticos e músicas dançantes.

Continua após a publicidade

Obviamente, a criação de novos ídolos tem um claro objetivo comercial: a ideia é transformar as personagens em influencers e lucrar alto com elas. Nisso, os avatares musicais oferecem um custo-benefício notável — ainda que controverso. Enquanto humanos têm problemas pessoais e dão trabalho, seus similares virtuais não falham. “Os escândalos das estrelas reais do k-pop são um risco para os negócios”, já declarou Park Jieun, produtora da Eternity. Pelo jeito, o show dos ídolos virtuais só começou.

Publicado em VEJA de 28 de Junho de 2023, edição nº 2847

CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR

K-Pop - Manual de Sobrevivência
K-Pop – Manual de Sobrevivência
K-Pop - Além da sobrevivência
K-Pop – Além da sobrevivência
Twice: The Story of K-Pop's Greatest Girl Group
Twice: The Story of K-Pop’s Greatest Girl Group

*A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.