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Billie Eilish polemiza em entrevista: “Deveria ser Ph.D. em masturbação”

Cantora falou sobre bissexualidade, prazer e partes íntimas sem ressalvas para promover novo disco, 'Hit Me Hard and Soft'

Por Thiago Gelli Atualizado em 9 Maio 2024, 12h02 - Publicado em 24 abr 2024, 16h16
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  • Billie Eilish é uma das mais bem-sucedidas prodígios da música pop atual, mas não tem intenção alguma de manter a imagem pueril de certas colegas da indústria. Em entrevista que estampa a capa de maio da Rolling Stone americana, a cantora comenta a fundo pela primeira vez sua bissexualidade, um dos focos de inspiração para seu próximo disco, Hit Me Hard and Soft, com lançamento marcado para 17 de maio. Sem ressalvas, a jovem de 22 anos aproveitou o espaço para falar de sexo, masturbação, genitais e o peso da fama.

     

    Após desabafar sobre o fardo de ser reconhecida na rua e cobrada por milhares de fãs, por exemplo, a cantora explica o que a relaxa: “Sexo. As pessoas se sentem desconfortáveis com o tópico e estranham mulheres confortáveis e comunicativas em relação à própria sexualidade. Isso deveria mudar. Você me perguntou o que me faz desopilar? O sexo realmente me salva, sou uma de suas maiores defensoras”.

    Sem parar por aí, ela então revela detalhes sobre o prazer a sós, outro tabu que quer enfrentar: “Pode ser muita informação, mas essa é uma parte enorme da minha vida e uma grande ajuda”. Para ela, o trabalho manual é imprescindível para pessoas com problemas de autoimagem e fica melhor com um adicional inusitado: o espelho — sim, por um quê erótico, mas também pela conexão “crua e profunda” com o próprio corpo. Mais dicas incluem floreios de cenário: “Você pode manipular a situação para se sentir mais bonita. Vale reduzir a luz do quarto, vestir um traje específico ou se colocar em uma posição mais lisonjeira”. Confiante, Eilish caneta: “Deveria ter um Ph.D. em masturbação”.

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    Por fim, ela então detalha a produção de Lunch, faixa que será lançada junto ao álbum e é sua manifestação mais clara de desejo por outras mulheres, com afirmativas que vão de “poderia comer essa garota no almoço” até “ela dança na minha língua”. A cantora explica que a canção se encaixou no disco — anunciado como produto de reflexões sobre saúde mental e bem-estar — por ter lhe ajudado a se tornar quem é: “Escrevi parte da letra antes mesmo de ficar com outra garota, e o resto depois. Sempre me apaixonei por meninas, mas não entendia até ano passado que queria enfiar minha cara em uma vagina. Antes disso, não estava nos planos discutir minha sexualidade”.

    Mais aberta do que nunca, Eilish também dispensa o papel de modelo para a juventude, muito atribuído a ela pelo sucesso de What Was I Made For?, canção do filme Barbie que lhe rendeu dois Grammys e um Oscar. O único exemplo que quer dar, diz, é o ambiental: “Tenham mais consciência sobre o jeito que vivem e a pegada de carbono que deixam”.

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