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Outra ameaça ao nosso bolso

Luz pode ficar mais cara

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 23 jul 2018, 09h00 - Publicado em 23 jul 2018, 09h00
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  • Uma disputa velada é a mais nova ameaça ao frágil equilíbrio do governo Temer. De um lado, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Do outro o Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.

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    Os dois lutam pelo controle da privatização de seis distribuidoras de energia do grupo estatal Eletrobras, que atendem a 13 milhões de habitantes nas regiões Norte e Nordeste.

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    Moreira publicou uma portaria garantindo que a Eletrobrás vai assumir o prejuízo operacional das seis empresas que atuam no Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Alagoas e Piauí.

    Estima-se perdas de R$ 400 milhões por mês para mantê-las funcionando até a transferência para o setor privado. A decisão foi formalizada em portaria publicada na última terça-feira.

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    Guardia reagiu no mesmo dia. A Fazenda divulgou a informação de que considerava remota a possibilidade de liberar dinheiro dos cofres públicos para manter as seis empresas em funcionamento.

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    Justificou com a aposta numa autorização do Congresso para a privatização em agosto. Ele pressiona por uma autorização legislativa nos seus termos, sem qualquer modificação.

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    Moreira preferiu o silêncio. No governo e no Congresso, porém, são raros os que acreditam no sinal verde do Congresso à privatização antes das eleições. Por quê?

    Porque será difícil aos parlamentares explicar seu aval a uma lei que pode resultar em aumento na conta de luz dos eleitores. Muito menos em ano eleitoral.

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    Das seis distribuidoras de energia, só uma (a Cepisa, do Piauí) pode ser vendida sem prévia autorização do Congresso. Ela irá a leilão na próxima quinta-feira.

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    Pelas regras em vigor, a Eletrobras só pode bancar os prejuízos diários nas distribuidoras do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia e Alagoas até 31 de agosto.

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    Sem privatização imediata, a partir daí restariam três alternativas: liquidação das empresas, o que ameaçaria o serviço de distribuição de energia nos seis Estados; cobertura dos prejuízos pela Fazenda; ou a transferência do prejuízo diretamente aos consumidores.

    Moreira e Guardia, aparentemente, não se entendem sobre a saída para o impasse. No cenário atual, o mais provável é que o governo Temer meta outra vez a mão no nosso bolso.

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