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Lula candidato é fake news

A maior notícia falsa da história recente do país

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 14 ago 2018, 07h00 - Publicado em 14 ago 2018, 07h00
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  • Sem perder a pose, como se expusesse a mais cristalina das verdades, a senadora Gleisi Hoffman, presidente do PT, em entrevista concedida, ontem, a jornalistas estrangeiros, disse sem franzir o cenho que seu partido não trabalha com a hipótese de o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad substituir Lula como candidato à presidência da República.

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    Haddad, segundo ela, será registrado apenas como vice quando o PT pedir amanhã à Justiça Eleitoral o registro da candidatura de Lula. Diante da incredulidade dos jornalistas, o máximo que Gleisi se permitiu foi dizer que o partido irá “às últimas consequências” para impedir que a candidatura seja barrada, e que Lula estará em campanha “de um jeito ou de outro”.

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    De duas, uma. Ou Gleisi quis dar a entender que Haddad será trocado por outro candidato no caso de a Justiça considerar Lula impedido de disputar com base na Lei da Ficha Limpa, ou então mentiu outra vez. É certo que mentiu. O candidato é Haddad, com Manuela d’ Ávilla (PC do B) de vice. O PT “não trabalha com essa hipótese” simplesmente porque deixou de ser hipótese.

    No momento em que tanto se discute nos meios de comunicação, nas universidades e por toda parte o fenômeno das notícias falsas, um país do tamanho de um continente vive há meses sob o impacto da maior “fake news” da sua história política recente – a candidatura de um condenado e preso. Outras, no passado, produziram enormes estragos. Com essa não será diferente.

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    “Você não terá eleições livres e democráticas se proibir o principal candidato de disputar”, disse Gleisi aos jornalistas. Não disse por que mesmo assim o PT participará das eleições de qualquer maneira. Não seria mais coerente denunciá-las por sujas e pregar a abstenção ou o voto nulo? É o que promete fazer o minúsculo Partido da Causa Operária (PCO), por ora aliado do PT.

    Gleisi comparou o que chama de “atuação política do Judiciário” no Brasil e em outros países da América Latina com as ditaduras militares que governaram tais países nas décadas de 1960 a 1980 – outra informação falsa. Sob uma ditadura, o Judiciário não atua. Pode atuar uma contrafação dele. Nada se compara a uma ditadura. E ditadura de direita ou de esquerda é a mesma coisa.

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    Não passou pela cabeça de nenhum ditador sugerir que seus partidários acrescentassem ao seu nome o nome dele. Tampouco passou pela cabeça dos partidários fazerem isso espontaneamente. A primeira coisa que fez a família Lula foi adotar “Lula” como sobrenome. Os petistas mais sabujos seguem seu exemplo. Dá-se como provável que Haddad fará o mesmo para atrair mais votos.

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