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Fora de foco

Guedes entra em pane diante da solidão na defesa de seus projetos reformistas em um governo que hesita assumir a doutrina liberal

Por João Bosco Rabello
Atualizado em 30 jul 2020, 19h09 - Publicado em 21 fev 2020, 12h00
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  • Apesar da imprudência e do inusitado voluntarismo do senador Cid Gomes (PDT-CE), não há como justificar a reação a tiros da Polícia Militar contra um parlamentar e não atribuí-la a um sentimento de sublevação da ordem, que encontra estímulos no próprio ambiente institucional.

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    Não é apenas no Ceará que os movimentos da Polícia Militar chegam ao limite da tensão. Há mais sete estados em que demandas salariais de policiais preocupam e produzem a inversão de papéis: quem deveria prover segurança à população, fomenta a insegurança. Outros dois estados, Paraíba e Espírito Santo, rivalizam com o Ceará em tensão.

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    É nesse contexto que o governador de Minas, Romeu Zema, concede 41% de aumento à categoria policial, alimentando o ânimo reivindicatório das PMs nos demais estados da Federação.

    Difícil enxergar algo mais contraditório com a pregação doutrinária de seu partido, o Novo, e mais inflamável no contexto presente, em que caminhoneiros ameaçam nova greve e petroleiros desafiam determinação judicial para retomarem as suas atividades.

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    Também é nociva a simultaneidade entre esses fatos e a crítica do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, ao Congresso Nacional, agravando a divisão dos poderes e o relacionamento do Executivo com o Legislativo, hoje restrita ao diálogo com a área econômica.

    A motivação do general Heleno não é justa. As emendas impositivas são legítimas e sua execução pode obedecer a acordo entre Executivo e Legislativo. Para isso, precisa diálogo, entendimento político.

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    Quando o general se queixa de um parlamentarismo informal, erra ao atribuí-lo ao Congresso: ele resulta da opção presidencial por governar sem uma base parlamentar sólida e por renunciar a uma articulação política. O presidente Bolsonaro não se comprometeu diretamente com propostas enviadas ao Congresso, mas o responsabilizou pelo destino delas.

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    Essa agitação que compromete a institucionalidade é mais grave quando se registra uma redução no ritmo das mudanças promovidas pelo governo na economia.

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    O clima positivo gerado pela aprovação da reforma da Previdência não foi aproveitado. O ministro Paulo Guedes entra em pane diante da solidão na defesa de seus projetos reformistas em um governo que hesita assumir a doutrina liberal.

    Para a economia, nada pior que a percepção de instabilidade do ministro da área somada à dúvida sobre a convicção de um governo que trai, aqui e ali, uma nostalgia estatizante. É o que resume o sentimento do mercado hoje.

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    João Bosco Rebello é jornalista; https://capitalpolitico.com/

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