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A opção de Bolsonaro pelos mais pobres empareda a oposição

O que estará em jogo em 2022

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 26 ago 2020, 08h34 - Publicado em 26 ago 2020, 08h00
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  • Jair Bolsonaro se elegeu presidente com o voto dos mais ricos. Quer se reeleger com o voto dos mais pobres.

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    Os ricos o adotaram há dois anos para derrotar o PT. A classe média também, mas ela sempre foi pouco confiável.

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    Então Bolsonaro sente muito que sua repentina opção preferencial pelos pobres enfraqueça o ajuste fiscal, mas que assim seja.

    Ora, Paulo Guedes, que graça haveria em arrumar o Estado para que outro, e não Bolsonaro, possa depois tirar vantagem disso?

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    No segundo turno da eleição de 2018, Bolsonaro venceu em 97% das cidades mais ricas, e Haddad em 98% das mais pobres.

    Nas regiões mais ricas do agronegócio, Bolsonaro conquistou 61,54% dos votos válidos contra 38,46% de Haddad.

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    Haddad ganhou na maioria dos municípios – 2.810 a 2.760. Ainda assim, Bolsonaro teve 10,7 milhões de votos a mais do que ele.

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    Houve um tempo em que o voto dos grotões sustentou a Arena, partido da ditadura militar de 64.

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    E houve um tempo, mais recente, que sustentou quatro governos do PT. Ou melhor: três governos e meio.

    O coração dos grotões sempre bateu mais forte pelos governos ou partidos que atenderam suas carências. Natural.

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    Graças ao auxílio emergencial por conta do Covid-19, a rejeição de Bolsonaro no Nordeste caiu de 52% em junho para 35% agora.

    Guedes quis que o auxílio fosse de 200 reais por mês. O Congresso pediu 500. Bolsonaro deu 600.

    O ministro estima que nos primeiros três meses, o auxílio custou a bagatela de 152 bilhões de reais.

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    Só que ele acabou prorrogado por mais três meses. E será até dezembro. Guedes topa pagar 250. Bolsonaro, 300.

    A oposição ao governo está perplexa e sem saber direito o que fazer. Ela governa oito dos nove Estados do Nordeste.

    Bolsonaro subtrai o que era dela. Sai Bolsa Família, entra Renda Brasil. Sai Minha Casa, Minha Vida, entra Casa Verde e Amarela.

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    E sempre gastando um dinheirinho a mais para não parecer apenas maquiagem ou apropriação indébita de marcas famosas.

    Se Bolsonaro arrombar as portas dos grotões, dificilmente não será reeleito. Para derrotá-lo, só uma frente ampla de partidos.

    Isso só será possível se o PT admitir abrir mão da cabeça de chapa. Mas Lula argumenta que não pode ser assim.

    E se nenhum outro candidato de oposição chegar à frente do candidato do PT às vésperas do primeiro turno?

    O argumento é fajuto. Um candidato apoiado pelo PT, PSDB, DEM, PSB, PDT e outros partidos poderá deter Bolsonaro.

    Tudo o que Bolsonaro quer é ir para o segundo turno contra um candidato do PT. Tudo o que não quer é ir contra outro candidato.

    Em 2022, não importa quem vença, desde que não vença o atraso para que não se perpetue.

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