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A militância subversiva do TSE

A rejeição do TSE ao voto impresso assume tom militante

Por Ruy Fabiano
Atualizado em 10 fev 2018, 10h00 - Publicado em 10 fev 2018, 10h00
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  • A rejeição do TSE ao voto impresso, como complemento ao voto eletrônico, assume tom militante – e ilegal.

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    Infringe a lei 13.165, de 2015, que o impõe, para além da opinião dos juízes e burocratas. Age assim o tribunal como os petistas que, ignorando a condenação de Lula, afirmam que irão lançá-lo como candidato, não obstante a lei da Ficha Limpa.

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    Tem-se então um cenário singular: juízes subversivos contrários à aplicação de uma lei. Para contornar essa anomalia, acabam de receber apoio da procuradora-geral da República, Raquel Doge, que, três anos após a sanção da lei, descobriu que é inconstitucional. Ingressou com uma ação de inconstitucionalidade no STF alegando que o voto impresso ameaça o sigilo do voto.

    A impressora, diz ela, pode enguiçar, e o técnico, ao repará-la, pode bisbilhotar aquele voto. A menos que enguiçassem numa escala inimaginável, que obrigasse a formação de um exército de técnicos bisbilhoteiros, a restrição poderia fazer um vago sentido. Muito vago.

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    O oposto, porém, é mais plausível: o destino ignorado do voto, que, sem o comprovante impresso, se torna inauditável e, nesses termos, sujeito às mais variadas formas de manipulação.

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    Não se trata de paranoia. Em julho do ano passado, foi realizada em Las Vegas, EUA, a maior conferência “hacker” do mundo, a Defcon, evento que ocorre anualmente desde 1993. A do ano passado teve como foco justamente as urnas eletrônicas.

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    E vejam só: todos os modelos testados – todos, inclusive o fabricado no Brasil – foram violados em menos de duas horas. Alguns, segundo Ronaldo Lemos, representante do MIT Media Lab no Brasil, “foram hackeados sem sequer a necessidade de contato físico, utilizando-se apenas de uma conexão wi-fi insegura”.

    Não é casual que essas urnas tenham sido rejeitadas em países tecnologicamente avançados, como EUA, Alemanha, Inglaterra, França e Espanha. Na Alemanha, nem foi preciso a chancela tecnológica. A Suprema Corte vetou-a pelo simples (e definitivo) fato de que provocavam a desconfiança do eleitor.

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    Sem essa confiabilidade, entenderam os juízes alemães, o resultado fica comprometido. Parece óbvio – e é. Mas o óbvio, por aqui, é um detalhe – ao menos no TSE e na PGR.

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    As eleições deste ano, diante da magnitude da crise, serão das mais importantes da história. Podem consolidar todo o processo de saneamento e renovação da política proporcionado pela Lava Jato.

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    Ou não. Se prevalecer a militância subversiva do TSE, desconsiderando a lei, a suspeita de fraude precederá – e sucederá – o pleito, comprometendo-o. A modalidade anterior, das cédulas de papel, era também imperfeita, mas verificável. A eletrônica, não.

    Raquel Doge considera o voto impresso, mesmo como complemento ao eletrônico, “um retrocesso”.

    Melhor retroceder que avançar no escuro

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    Ruy Fabiano é jornalista 

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