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Por Vilma Gryzinski
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Sexo, traição, política e realeza: é na Espanha, envolvendo a bela Letizia

Ex-cunhado afirma que teve longo caso com a rainha consorte e insinua sua influência para o rei aceitar um governo com separatistas

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 9 Maio 2024, 18h46 - Publicado em 6 dez 2023, 07h29

Ex-cunhado é para sempre e é isso que Jaime del Burgo, empresário do ramo de investimentos que já morou no Brasil, está comprovando num ataque em duas frentes, no qual sustenta que teve um caso com a rainha Letizia antes e depois do casamento dela com Felipe VI.

Como “prova”, difundiu pelo X uma foto tipo selfie dela, tirada diante de um espelho de banheiro envolta numa pashmina preta, com barriga de grávida e um texto apaixonado: “Amor. Estou com sua pashmina. É como sentir você ao meu lado. Me cuida. Me protege. Conto as horas para voltarmos a nos ver. Amar você. Sair daqui. Sua”.

O texto foi apagado, juntamente com tudo que Burgo tinha no X. Não dá para comprovar nada e os grandes meios de comunicação estavam mantendo silêncio a respeito — o que não deve durar muito —, enquanto os inimigos da monarquia, principalmente na separatista Catalunha, se excedem.

Escreveu o catalão El Nacional: “Letizia foi infiel, pôs chifres, enganou Felipe quando era princesa de Astúrias. Manteve uma relação sentimental extramatrimonial com um homem que acabaria se transformando em seu cunhado ao se casar anos depois com a irmã da rainha, Telma Ortiz”.

“Esta é a história do maior escândalo da Casa Real, não a de Juan Carlos, mas a de Felipe”.

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PLEBEIAS INTELIGENTES

Ultrapassar o sogro, que se viu obrigado a abdicar para não afundar a coroa em histórias de corrupção e amantes, seria realmente um prodígio. Desde que ascenderam ao trono, Felipe e Letizia fazem de tudo para ser impecáveis: orçamento controlado, nada de vazamentos constantes à imprensa, apoio a atividades benemerentes e, acima de tudo, a criação amorosa e cuidadosa das duas filhas. Ao fazer dezoito anos, em outubro, a herdeira, Leonor, prestou juramento à Constituição, desencadeando uma onda de otimismo e sentimentos positivos chamada de “Leonormania” — tudo o que a realeza precisa para manter a máquina andando.

Letizia segue o padrão das mulheres de príncipes herdeiros da atualidade: uma plebeia — ela era jornalista de televisão — linda, magra, bem vestida e inteligente que procura se adaptar às circunstâncias únicas de esposa de futuro rei e vira um sucesso de relações públicas para a monarquia.

Kate na Inglaterra e Mary na Dinamarca são assim. Curiosamente, para criaturas tão impecáveis, estão envolvidas em casos rumorosos nos quais não tiveram participação nenhuma. Kate aparece, ao lado do sogro, Charles III, como uma das pessoas que fizeram comentários “racistas” sobre o tom da pele do futuro filho de Harry e Meghan. Os nomes surgiram “por acaso” nos originais dados para tradução do livro de um jornalista admirador de Meghan na Holanda. Ser alvo de uma acusação tão grave e não poder responder é um dos ônus de pertencer a uma família real.

O “silêncio digno” também tem sido a atitude da australiana Mary depois que apareceram boatos, seguidos de fotos irrefutáveis, em que o marido dela, o príncipe herdeiro Frederik, foi flagrado com uma loira beldade mexicana radicada na Espanha. As fotos mostram o futuro rei entrando no prédio dela, depois de um jantar devidamente documentado, e saindo de manhã.

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Em público, nem um pio. Em particular… Bem, a expressão de Mary em fotos de compromissos oficiais faz supor que a vida do marido andou difícil nas últimas semanas.

BARRIGA DE ALUGUEL

O caso envolvendo Letizia é muito mais complexo, inclusive pelo casamento de apenas dois anos de duração dele com a irmã dela — supostamente conheceram-se numa sessão de cinema com os então príncipes. Jaime del Burgo frequentava como amigo a casa dos futuros reis e já apareceu até uma foto dele com Leonor, quando era pequena, juntamente com Felipe e a caçula Sofia, todos na praia.

O suposto relacionamento dele com a rainha da Espanha antes do casamento dela é tema primeiro num livro intitulado Letícia e Eu, no qual afirma que Letizia declarou amor a ele quando estavam embalados em redes em torno da piscina da residência real, La Zarzuela.

Entre outras alegações, Jaime del Burgo disse que os dois pensaram em ter um filho por barriga de aluguel e largar tudo para ir morar nos Estados Unidos.

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Como ter um caso secreto com alguém que vive continuamente com guarda-costas por toda parte? Burgo diz que não foi tão escondido assim: passou cinco anos sendo vigiado pelo serviço secreto espanhol e seu apartamento na Suíça, onde vive hoje, chegou a ser arrombado. Inutilmente, acrescentou, pois guardou num cofre “fotografias, videos, celulares e textos”.

UMA COROA POR DIA

Por que a canalhice terminal de falar nisso, se é que houve um “isso”, agora?

Além da selfie, apagada, de Letizia que derrubou a internet na Espanha, Burgo publicou textos com críticas ao rei por ter aceitado o governo de coalizão proposto pelo primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez, em aliança com separatistas condenados pela justiça, que serão anistiados. Entre estes, figura um ex-terrorista da ETA, Arnaldo Otegui, hoje integrado ao partido separatista basco.

Ele até escreveu qual deveria ter sido a reação de Felipe: “Senhor Sánchez, traga-me um governo sem assassinos e eu assino. Reúna-se com Feijó e se acerte. Mas Otegui não porque isso é destruir a essência do que eu sou e do que defendo”.

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“Ter dignidade. Lutar. Ser valente. Fazer-se merecedor da coroa, que embora seja herdada tem que se ganhar a cada dia”.

Os cambalachos do primeiro-ministro para continuar no poder são realmente escandalosos e 60% dos espanhóis consideram que a anistia é injusta. A reação é tão forte que, segundo pesquisas, a direita hoje ganharia votos suficientes para formar maioria no Congresso — ao contrário do que aconteceu na última eleição, quando foi a mais votada e não conseguiu os 50% mais um necessários para formar governo. Daí Pedro Sánchez ter tido sua chance de continuar no poder através das alianças rejeitadas pela maioria da população.

TEORIAS CONSPIRATÓRIAS

Jaime del Burgo é filho de um ex-senador de centro-direita que teve participação importante na redemocratização da Espanha conduzida por Adolfo Suárez.

Letizia é considerada de esquerda, um fator visto como até positivo para “arejar” a monarquia — embora, obviamente, todos os esquerdistas, pela própria definição, sejam republicanos. Ela também sempre teve péssimas relações, ao ponto da ruptura, com a família do marido. “Era mais inteligente do que eles todos juntos”, disse Burgo.

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Ele repostou um texto em que as teorias conspiratórias se expandem. “É um patriota que teve desde criança que lutar contra o terrorismo do ETA”, tendo reagido para “evitar a tragédia desenhada por Sánchez, ETA, golpistas e Letizia”.

No post, a rainha é chamada de “verdadeira chefe de Estado desde que manobrou para mandar para o exílio o rei Juan Carlos”.

O bom dos escândalos reais é que sempre existe um aspecto político para complicar o enredo — embora as massas prefiram mesmo saber se Letizia enganou de fato o marido e como o suposto amante veio a se casar com a irmã dela. Uma trama de novela que atrai e ao mesmo tempo provoca repulsa entre os espanhóis.

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