Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

Mundialista

Por Vilma Gryzinski Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Se está no mapa, é interessante. Notícias comentadas sobre países, povos e personagens que interessam a participantes curiosos da comunidade global. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

O que fazer com Joe Biden?

Bateu pânico na Casa Branca com a explosão da questão da idade

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 4 jun 2024, 09h24 - Publicado em 18 fev 2024, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Maria Corina Machado
    WASHINGTON, DC - NOVEMBER 09: U.S. President Joe Biden departs the White House on Marine One on November 09, 2023 in Washington, DC. Biden is traveling to Illinois to meet with the head of the United Automobile Workers and to celebrate the recent labor deal with the country’s big three automakers. (Photo by Kevin Dietsch/Getty Images) (Kevin Dietsch/Getty Images)

    Ninguém se saiu melhor do que Ronald Reagan quando sua idade passou a ser cogitada como ponto fraco durante a campanha de 1984 para a reeleição. “Não vou transformar a idade em assunto de campanha. Não vou explorar, com objetivos políticos, a juventude e a inexperiência do meu oponente”, disse ele no segundo debate presidencial daquele ano. Até o adversário mencionado, o democrata Walter Mondale, caiu na risada, num momento de espontaneidade. Reagan vinha de um primeiro debate em que havia se saído mal, com frases inconclusivas. Aos 73 anos, era o americano mais velho a ocupar a Casa Branca, e a pergunta sobre idade, feita por um jornalista, questionava se ele teria o mesmo vigor que John Kennedy ao passar várias noites acordado, durante a crise dos mísseis, o momento mais perigoso da história da humanidade. Na verdade, Kennedy, assassinado aos 46 anos, tinha muito mais problemas de saúde do que Reagan. Sofria de doença de Addison, doença celíaca e hérnia de disco. Usava colete ortopédico e medicamentos em doses espantosas. O distúrbio endocrinológico hoje é visto como possível responsável pela aparência de pele bronzeada que contribuía para sua imagem de vigor.

    Publicidade

    “Kennedy, assassinado aos 46 anos, tinha muito mais problemas de saúde do que Ronald Reagan”

    Publicidade

    Discutir a idade de um presidente, em especial quando ele não é nenhum octogenário saltitante como Mick Jagger, não tem nada de etarismo, o preconceito contra os mais velhos (às vezes, no sentido oposto, contra os jovens demais, como está acontecendo agora com o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, de 34 anos). Será também um assunto no Brasil, quando o presidente Lula da Silva se aproximar da idade de Joe Biden na campanha pela reeleição. Dirigentes do Partido Democrata já desistiram de tentar transformar o presidente em vítima de adversários malvados e preconceituosos. Na verdade, entraram no modo pânico depois dos recentes tropeços do chefe. É claro que muitas cabeças pensantes vão especulando sobre as opções. Faltam apenas seis meses para a convenção democrata, nenhum outro aspirante em potencial teve tempo de montar uma campanha e ainda muita gente não esqueceu o precedente Lyndon Johnson. Em 31 de março de 1968, ele anunciou que desistia de tentar a reeleição. Apenas quatro dias depois, Martin Luther King foi assassinado. Em junho, caiu Bobby Kennedy, que havia lançado sua candidatura após a desistência de Johnson. Sem um nome carismático como Kennedy, os democratas escolheram o pouco inspirador vice-presidente Hubert Humphrey, derrotado por um certo Richard Nixon. Kamala Harris parece encarnar uma opção pior do que Humphrey: tão promissora como senadora, revelou-se inconsistente e impopular como vice de Biden. Tem 28% de aprovação.

    Muitas e não declaradas esperanças democratas agora se voltam para duas mulheres: Michelle Obama, opção de última hora, e Jill Biden, a única pessoa a quem o presidente ouviria se houvesse um apelo para desistir. Aliás, já circulam as comparações com Nancy Reagan, que controlava fortemente os movimentos do marido em seu ocaso na presidência, quando passou a mostrar os primeiros sinais de Alzheimer. A tirada brilhante no debate presidencial, no final, mostrou ser mais uma frase de efeito. Como todos os humanos que vivem o suficiente para isso, Reagan também acabou entrando em declínio cognitivo.

    Publicado em VEJA de 16 de fevereiro de 2024, edição nº 2880

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.