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O mundo parece ter desistido do teatro do obsceno no Brasil

A mãe de todas as crises é de tirar o fôlego, mas cobertura desatualizada e preguiçosa na imprensa estrangeira reflete desinteresse pelo “filme de  sempre”

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 30 jul 2020, 20h53 - Publicado em 19 Maio 2017, 19h25
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  • Para nós, pode ser a catarse final. Para os de fora, é mais do mesmo.

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    Sem fôlego nem interesse em acompanhar os desdobramentos que nos estarrecem minuto a minuto, os jornalistas que se dão ao trabalho de atualizar o noticiário sobre o Brasil, mesmo que com compreensível atraso, vão deixando o assunto para lá.

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    Principalmente quando o tom da narrativa muda e, sem tirar do foco o atual presidente, passa a incluir seus dois antecessores.

    A BBC, por exemplo, esconde lá no meio que os dois indigitados “receberam 50 milhões e trinta milhões de dólares para financiar campanhas políticas, segundo o testemunho”. O glossário da crise também só foi preguiçosamente atualizado em referência ao incumbente.

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    Um dos maiores indicadores de boas reportagens e análises que despertam atenção é o site agregador RealClearPolitics. Nos destaques da seção Mundo, aparecem artigos sobre Rússia, política externa americana, Balcãs, Nepal e Arábia Saudita.

    Lá no meio, um fraco e desanimado comentário da Foreign Policy. O título praticamente diz tudo: “De novo, escândalo de corrupção presidencial atinge Brasil”.

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    A mãe de todas as crises e o pai de todos os delatores são assuntos sensacionais, com a torrente de obscenidades políticas e morais despejada em ritmo calmo e assustador como um rio de lava.

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    O neto do presidente que foi sem nunca ter sido, a Tia, o grão-eleitor da Tia, o incumbente. E o inabalável delator, o bilionário dono do “império cárnico” , na descrição do El País, contando tudo, nos mais íntimos e indecentes detalhes. Cada um deles mereceria infinitos espaços digitais. Recebem praticamente nada.

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    O único que faz um esforço é, justamente, o El País. Sua última reportagem sobre o tema fala, em tom algo exasperado, sobre os novos episódios de um “Brasil que está há meses trazendo à luz suas cloacas”.

    O Financial Times, como é próprio de sua atividade, foca nas oportunidades e desoportunidades econômicas da crise. E faz graça, no título, com a atividade-meio do grande delator: “Açougueiro brasileiro deixa presidente na ponta da faca”.

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    E nós, onde ficamos?

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