Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Mundialista Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Vilma Gryzinski
Se está no mapa, é interessante. Notícias comentadas sobre países, povos e personagens que interessam a participantes curiosos da comunidade global. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

‘Mr. Big’ ficou pequenininho: acusado de estupro, ator vê tudo desabar

E quase leva junto o fabricante da bicicleta ergométrica que aparece na sequência da série Sex and the City, numa notável e escandalosa reviravolta

Por Vilma Gryzinski 28 dez 2021, 07h23

Todo mundo já sabe (quem prefere manter o suspense, deve parar de ler): logo no primeiro episódio de And Just Like That, “Mr. Big”, o amante e agora marido de Carrie Bradshaw, a personagem principal da sequência de Sex and The City, cai fulminado por um ataque cardíaco depois de uma sessão de exercício na bicicleta ergométrica da cobiçada marca Peloton.

O que aconteceu em seguida ultrapassou amplamente a ficção e deixou a milhões de quilômetros de distância os comentários sobre a segunda encarnação da série, dominados pela impressão de que os figurinos extravagantes que fizeram a fama do programa tinham ficado datados.

Primeiro, as ações da Peloton caíram 11,7% na bolsa por causa da associação entre o exercício puxado e a morte. A empresa, criada com a brilhante ideia de vender programas de exercício junto com bicicletas ergométricas e esteiras que podem custar mais de 20 mil reais, reagiu rapidamente.

O ator Chris Noth, intérprete de Mr. Big, foi contratado para um vídeo em que aparece sentado diante da lareira ao lado da instrutora de ginástica Jess King. Com voz insinuante, o ator, agora com cabelos elegantemente grisalhos, diz: “Vamos dar mais uma? A vida é muito curta”. A câmera abre e mostra duas bicicletas ergométricas onde ele quer dar mais uma sessão de pedaladas, enquanto o ator Ryan Reynolds, cuja empresa de marketing bolou o vídeo, faz a narração sobre as vantagens do exercício físico para a saúde cardiovascular.

O vídeo viralizou e a Peloton parecia ter dado a volta por cima. Foi aí que o mundo de Chris Noth começou a desabar: o Hollywood Reporter publicou os relatos feitos por duas mulheres sobre fatos separados ocorridos em 2004 e 2015. Nenhuma sabia da outra, mas as histórias eram parecidas.

Continua após a publicidade

Por motivos diferentes, foram ao apartamento do ator, uma em Los Angeles e a outra em Nova York, e lá ele as dominou fisicamente e fez sexo contra a vontade delas. Detalhe: em ambas as ocasiões, na frente de um espelho.

A Peloton tirou o vídeo de circulação, as atrizes da série assinaram uma declaração dizendo que todas as mulheres devem ser dignas de crédito e a agência que empresariava Noth o desligou. Ele também foi demitido de outra série, The Equalizer, onde interpretava um ex-diretor da CIA próximo à personagem principal, de Queen Latifah.

O ator disse que tinha feito sexo consensual com ambas, mas é claro que os casos foram aumentando. Chegaram a cinco esta semana, incluindo a última, a cantora Lisa Gentile. Ela disse que se cruzavam num restaurante de Nova York, um dia pegou carona com o ator, ele pediu para conhecer o apartamento dela onde a agarrou com violência, espremeu seus seios e só foi embora depois que ela gritou que não queria aquilo. No dia seguinte, recebeu um telefonema em que Noth a ameaçava de acabar com sua carreira se falasse a respeito.

Fo há quase vinte anos. Lisa Gentile estava acompanhada de uma advogada especialista em acordos vantajosos contra ex-maridos ou homens abusadores.

Continua após a publicidade

É justo que Chris Noth seja julgado no tribunal da opinião pública, obviamente sem as proteções garantidas pela justiça, execrado e banido? Ou é um castigo merecido pelos anos em que tratou mulheres de forma agressiva ou, no caso dos estupros denunciados, criminosa?

Justo ou não, é o que acontece. Sem nunca ter sido acusado de penetração forçada, Andrew Cuomo, o ex-governador de Nova York, teve que renunciar em agosto, quando uma investigação pedida por ele mesmo anotou uma série de abusos: passadas de mão, beijos “roubados”, avanços sobre subordinadas e outros absurdos para um homem em sua posição e nos Estados Unidos dos últimos tempos, onde um comentário torto ou mal entendido pode acabar em processo.

Aos 67 anos, Chris Noth dificilmente conseguirá reconstruir sua carreira. Mr. Big – referência ao 1,88 metro do ator e à fortuna do personagem; antes, ele havia ficado conhecido no seriado Law and Order – já havia morrido na ficção. Agora, está enterrado na realidade. Terá tempo de sobra para se exercitar na Peloton.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.