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Por Vilma Gryzinski
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Elon Musk: ser o homem mais rico do mundo atrai um bocado de inimigos

Rússia, China, investidores do Twitter e, agora, o dono do Google, depois de suposto caso com a esposa, são alguns de uma lista cada vez maior

Por Vilma Gryzinski 26 jul 2022, 08h17

Por que o Wall Street Journal, um sério jornal de negócios, resolveu entrar num mundo que não frequenta habitualmente e publicar uma reportagem em que sustenta que Elon Musk teve um rápido caso com Nicole Shanahan, uma bela filha de chineses que está se divorciando – ou sendo divorciada – de Sergey Brin, o gênio russo que foi para os Estados Unidos e se tornou um dos fundadores do Google?

O mundo do jornalismo, das empresas high tech e dos curiosos em geral está pululando de especulações.

O próprio Musk, do alto de seus 253 bilhões de dólares, deu de ombros à acusação de que se comportou como um crápula e transou com a mulher do amigo. Disse que mal cruzou com Nicole em duas ocasiões, estava numa festa no dia anterior com Brin – e mostrou a foto. E ainda trolou: “Não faço sexo há séculos”.

Desde que se envolveu com a compra frustrada do Twitter e com a transição política que o aproximou da direita liberal em matéria de liberdade de expressão, Musk está levando pancada de todo lado.

Prometer liberdade para todos os pontos de vista – inclusive o de Donald Trump – na rede social que acabou não comprando parece ser um crime inafiançável.

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Mas os moderninhos do Twitter não são nada comparados, por exemplo, aos cientistas militares chineses que pediram no fim de maio o desenvolvimento de meios para vigiar, desativar ao até destruir a rede de satélites Starlink, considerada uma ameaça à segurança nacional da China.

Por que uma rede de satélites – 2 300 no momento, com planos para chegar a 42 mil – que dá acesso à banda larga da internet é tão perigosa? Ela pode rastrear mísseis hipersônicos, a novidade dos arsenais das grandes potências, turbinar a velocidade de transmissão de dados de drones e caças americanos ou até, eventualmente, “bater” em satélites chineses. 

A guerra pelo espaço está a pleno vapor e Musk é uma parte importante dela, embora mantenha boas relações com o regime da China, onde tem uma base industrial importante de seu outro braço, a Tesla dos carros elétricos.

A rede Starlink também incendiou as relações de Musk com a Rússia desde que ele despejou equipamentos que praticamente garantiram a sobrevivência da Ucrânia, ao manterem o país invadido e bombardeado conectado.

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“Se eu morrer em circunstâncias misteriosas, foi bom ter conhecido vocês”, ironizou Musk, comparando-se aos casos de inimigos do Kremlin que aparecem no outro mundo. 

Ele havia sido acusado de nada menos do que fornecer o Starlink a “forças fascistas” – a forma como os russos chamam o governo do país que invadiram sem nenhuma justificativa.

Curiosamente, o acusador, Dmitri Rogozin, foi demitido da Roscosmos, a agência espacial russa, por motivos não explicados: Vladimir Putin adorava as ameaças que ele fazia de varrer países europeus da face da terra com o uso do novo míssil nuclear hipersônico russo, o Sarmat – apelidado de Satã no Ocidente.

Musk também está sendo acionado pelo Twitter, cujos investidores  se consideram, não sem razão,  lesados pela venda gorada por 44 bilhões de dólares. O documento de 62 páginas inclui tuítes e emojis de Musk, incluindo aquele conhecido marronzinho.

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O bilionário acusa o Twitter de ter apresentado dados “materialmente inexatos” sobre o número de contas falsas e de spams.

Toda essa briga empalidece diante da perspectiva apresentada pela reportagem do Wall Street Journal de conflito e traição entre dois superbilionários geniais como Elon Musk e Sergey Brin, um vindo da África do Sul e outro da Rússia para simplesmente mudar o modo como nos relacionamos com o mundo digital.

Musk tem uma vida amorosa complicada, com casamentos e relacionamentos difíceis de qualificar que produziram dez filhos, vários de gestação múltipla. Os mais recentes e quase simultâneos são gêmeos que teve com uma executiva da Neuralink, sua empresa de pesquisas sobre os mecanismos cerebrais que pretende fazer paraplégicos andar, e a bebezinha nascida em barriga de aluguel com a cantora Grimes.

Todo mundo suspeita que seu namoro com Amber Heard começou quando ela ainda estava casada, catastroficamente, com Johnny Depp.

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A relação com Sergey Brin é diferente: os dois são – ou eram – algo parecido com amigos, daqueles de viajar juntos.

Brin largou da primeira mulher, Anne Wojcicki, outra mente brilhante do mundo high tech, e estava casado há apenas três anos com Nicole, com quem tem uma filhinha. Entrou com um pedido de divórcio em janeiro. Sua fortuna é estimada em 94 bilhões de dólares. Parece que ela, que também é do planeta Vale do Silício, quer um bilhãozinho.

Fotos recentes mostrando Musk de calção de banho em férias na Grécia mostram algo parecido com uma beluga, embora sem a graciosidade das baleias do Ártico.

O que será que tantas mulheres bonitas veem nele, fora o QI calculado, por baixo, em 150?

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Diante do desmentido do caso com a mulher do amigo, o Wall Street Journal, que não é um tabloide, terá que vir com mais dados. Diante da quantidade de inimigos que Musk coleciona, talvez não seja muito difícil consegui-los.

Segundo a reportagem, o caso aconteceu em dezembro, durante a Art Basel, uma badalada feira de arte em Miami. 

Dá para imaginar Musk caindo de joelhos para pedir perdão a Brin? O co-fundador do Google emprestou 500 milhões de dólares ao amigo – ou ex-amigo – quando a Tesla estava com problemas para aumentar a produção.

“Nenhuma das principais pessoas supostamente envolvidas nesses atos errados foi sequer entrevistada”, desafiou Musk.

São detalhes assim que tornam a história difícil de resistir. E de provar? Com a palavra, o Wall Street Journal.

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