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É melhor já ir se preparando? Trump nove pontos à frente de Biden

A pesquisa choque ainda está sendo absorvida — muito mal — pelos democratas que assistem o presidente dar um fora atrás do outro

Por Vilma Gryzinski 26 set 2023, 07h43

Quando uma notícia é muito ruim, o melhor a fazer é ignorá-la? Esta tem sido a atitude de muitos líderes democratas diante de uma quase inacreditável pesquisa ABC News/Washington Post: Joe Biden, 42%; Donald Trump, 5i%.

É um resultado realmente muito diferente dos outros levantamentos, que começaram a dar uma vantagem a Trump, mas muito menor, numa situação praticamente de empate.

Outros dados da pesquisa que deixou os democratas em estado de choque são todos marcantemente desfavoráveis a Biden. Aprovação, 37%. Desaprovam, 56%. Condução da economia, 30%. Imigração, com as fronteiras praticamente eliminadas, dão uma aprovação pior ainda, 23%. E 74% acham que ele está velho demais para continuar sendo presidente num segundo mandato — 6% a mais do que em maio.

O aumento reflete simplesmente a sucessão de demonstrações de confusão de Biden. Até numa bandeira brasileira ele tropeçou quando se encontrou com Lula da Silva por ocasião da Assembleia-Geral da ONU. As histórias repetidas — uma, com apenas alguns minutos de intervalo — e a linguagem arrastada mesmo quando se limita a ler o que está escrito em letras bem grandes no teleprompter ajudam a impulsionar essa imagem de senilidade.

Outros sinais de alarme para Biden: 20% dos eleitores negros estão se inclinando por Trump (contra apenas 8% em 2020), o que soa simplesmente incrível. E 42% dos hispânicos também estão mudando de barco.

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Trump é um brucutu fora de moda que apela aos baixos instintos do eleitorado mais velho e mais reacionário? Pensem outra vez. A pesquisa ABC News/Washington Post dá a Trump 53% do voto dos eleitores de 18 a 35 anos, invertendo radicalmente um dos movimentos que deu a vitória a Biden em 2020. Detalhe quase sinistro: o senador Bernie Sanders, esquerdista à moda antiga querido pela juventude, tem 82 anos. Ou seja, é inviável como substituto de Biden.

Na verdade, a essa altura, Biden só teria um substituto se aparecesse com um conveniente problema de saúde que o levasse a nobremente a desistir da candidatura.

Outra tendência detectada em pesquisa é que Trump parece melhor à medida em que o tempo passa — o que, obviamente, só pode acontecer porque Biden vai descambando. Só 36% o aprovavam quando chegou ao fim do mandato, ainda com as cenas quentes da invasão do Capitólio por partidários que não queriam aceitar a derrota eleitoral.

Desde então, a aprovação a Trump aumentou dez pontos, um fenômeno. Principalmente considerando-se a cascata de processos abertos contra ele na Justiça. Quanto mais passa o tempo, melhor parece o ex-presidente porque o atual ocupante do cargo parece pior. Hoje Biden vai aparecer ao lado dos grevistas das fábricas de automóveis. Vai adiantar alguma coisa?

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Ainda faltam um ano e dois meses para a eleição e uma infinidade de acontecimentos ainda pode mudar tudo — principalmente se o sistema achar que Biden está condenado e forçar uma substituição. Nada indica, por enquanto, que isso vá acontecer.

O comentarista e pesquisador Frank Mieli escreveu uma coluna com vários conselhos a Trump — “se ele me ouvisse” —, inclusive não dar entrevistas para órgãos que sonham apenas em esmagar o ex-presidente, assumir que cometeu erros no combate à pandemia que não se repetirão, escolher um vice combativo e atrair a mulher, Melania, para pelo menos alguns compromissos públicos.

O mais importante: “Continue fazendo o que está fazendo”.

Tem razão. À sua maneira idiossincrática, com um adversário que comete erros sucessivos, Trump está avançando e usando a saraivada de processos a seu favor.

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Imaginem que horror um presidente que assume e começa a destruir tudo o que o antecessor fez, inclusive as coisas boas. Pois é, democratas mais assustados começam a trabalhar com essa hipótese.

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