O investigado Marcos “fake SWAT” do Val, senador da República pelo estado do Espírito Santo – alvo de operação da Polícia Federal na quinta 15 –, já perdeu tanto na estratégia de defesa quanto na que mais conhece, a da narrativa.
Ao optar por não depor e, ao mesmo tempo, dar diversas entrevistas no dia da ação policial, o político chocou aliados em Brasília e acabou irritando os investigadores, que agora têm uma importante carta na manga.
É que toda a análise do material apreendido (computadores, documentos, pen drives e afins) já está acontecendo e embasará, esperam os policiais, os questionamentos a serem feitos no depoimento previsto para o final da semana que vem.
A análise do celular, diga-se de passagem, começou na manhã desta sexta-feira, 16 – o mesmo aparelho que, ao ser apreendido por agentes e um delegado, o fez ficar apreensivo. Segundo apurou a coluna, é o que transpareceu aos policiais.
Outra informação é a de que os mandados de busca do Supremo saíram tarde da noite, depois das 22h de quarta. Mesmo com o mapeamento de todos os endereços ligados ao político feito anteriormente, foi preciso começar a operação após o meio-dia. Ou melhor: após o almoço.
Apreendendo, então, documentos que chegaram inclusive na manhã de quinta ao gabinete do senador antidemocrata.