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Matheus Leitão Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O que há por trás da nova bravata de Bolsonaro

Presidente acha que o país não tem memória

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 Maio 2022, 14h45 - Publicado em 16 Maio 2022, 16h47
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  • O presidente Jair Bolsonaro participou de uma lanchaciata (seja lá o que for isso) em Brasília neste domingo, 15, e fez três declarações contraditórias – mais uma vez, ignorando os fatos que envolvem ele mesmo.

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    Primeiro, Bolsonaro afirmou que só um psicopata ou imbecil diria que os atos de 7 de setembro do ano passado foram antidemocráticos.

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    “Só um psicopata ou imbecil para dizer que os movimentos de 7 de setembro e 1º de maio são atos que atentam contra a democracia. Quem diz isso é psicopata ou imbecil”, declarou.

    Defender o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), estimular a crise entre os poderes, atacar as instituições e levantar faixas em defesa do AI-5, como fizeram os “manifestantes” naquele 7 de setembro, são definitivamente atos que atentam contra a democracia.

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    O que o presidente e seus apoiadores querem é o oposto do que a democracia quer – e Bolsonaro, é bom que se lembre, incentivou isso com seus movimentos extremistas de direita. Os atos acabaram sendo, sim, antidemocráticos e, ele, o presidente, e os brasileiros sabem disso.

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    Foi exatamente depois do dia da Independência em 2021, aliás, que a economia caiu de forma decisiva. O extremismo de Bolsonaro fez o dólar disparar, a bolsa cair e as projeções de crescimento ser reduzidas – problemas que atrapalham justamente o seu próprio governo.

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    Outra declaração mentirosa do presidente neste domingo, 15, foi em relação ao AI-5. “Um maluco levanta uma faixa lá: AI-5. Existe AI-5? Tem que ter pena do cara”, disse.

    Bolsonaro é abertamente a favor da ditadura e já enalteceu torturadores. É irônico (para não dizer absurdo) que agora o presidente finja que não defende o AI-5, justamente o instrumento que institucionalizou a tortura e deu carta branca para os abusos dos ditadores que ele admira.

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    Ele e seus filhos já defenderam um ato nos moldes do AI-5. O deputado Eduardo Bolsonaro, por exemplo, fez isso também abertamente. Portanto, não se trata apenas de “um maluco com uma faixa”.

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    A última fala contraditória de Bolsonaro foi negar sua intenção de dar um golpe, algo que nega querer fazer aqui e ali, mas que, na verdade, ele flertou em boa parte do seu mandato. “Eu já sou presidente, vou dar golpe em mim mesmo? Que idiotice”, afirmou.

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    O próprio vice-presidente Hamilton Mourão falou durante as entrevistas de campanha em “autogolpe”. É exatamente assim, aproveitando o poder que tem para investir contra as instituições, que outros autocratas agiram.

    E o presidente brasileiro age como um líder de um grupo político radical.

    A exemplo do que aconteceu na Venezuela e na Hungria, com líderes extremistas de esquerda e de direita, o pensamento desses radicais é dar o golpe enquanto estão no poder.

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    Enquanto vai tentando enfraquecer as instituições e falar em fraude no processo eleitoral, Bolsonaro também vai enganando o povo dizendo que é contra aquilo que sempre defendeu.

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