O balanço da operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta, 15, contra bolsonaristas envolvidos nos protestos antidemocráticos mostra que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estava certo mais uma vez.
Por ordem de Moraes, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal. Em um dos endereços de Santa Catarina, foram encontradas onze armas, entre elas uma submetralhadora e um fuzil. A operação da PF pode ter evitado o pior. A decisão de Moraes desarma extremistas e dá um novo recado de que a democracia vai ser preservada.
No Espírito Santo, o deputado estadual Capitão Assumção (PL) é acusado de incitar os protestos e a violência. Por ordem de Moraes, o parlamentar terá que usar uma tornozeleira e está proibido de sair do estado. O deputado estaria usando seu mandato e a prerrogativa de seu cargo para atacar as instituições, numa atitude típica dos bolsonaristas.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro insistem em dizer que Moraes está abusando de seu poder. No entanto, a apreensão das armas e as provas que a PF está colhendo deixam claro que o ministro precisa continuar o seu trabalho. Empoderado pela toga do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Moraes parece ser a esperança de manutenção da ordem no país.
Os extremistas que se reúnem em frente aos quartéis cometem crime político ao defender golpe de Estado, fechamento do STF e intervenção das Forças Armadas. Inconformados com a vitória de Lula nas eleições, querem a todo custo atacar a democracia.
O que Moraes está fazendo é fundamental. Os criminosos precisam ser tratados com o rigor da lei para que o movimento não ganhe força. Até o dia 1º de janeiro, quando Lula subirá a rampa, é preciso atenção redobrada aos movimentos dos extremistas. Após o início do mandato, o Brasil terá um presidente que discorda desses absurdos e, naturalmente, essas forças contrárias terão que se adequar, pelo bom senso ou pelo rigor da lei, que a democracia venceu.